Decisão

Janot pede licença à OAB e se afasta da advocacia

O ex-procurador-geral alegou querer 'evitar constrangimentos'; recentemente, ele lançou o livro 'Nada Menos Que Tudo'

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 09 de outubro de 2019 | 17:39
 
 
 
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Alegando intenção de "evitar constrangimentos", o ex-procurador-geral Rodrigo Janot comunicou nesta quarta-feira (9), à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal seu afastamento da advocacia. Ele pediu a suspensão de sua matrícula de advogado até 5 de novembro, quando será ouvido no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/Distrito Federal, onde mantém a inscrição para o exercício da profissão.

Sob intensa pressão de políticos e até de antigos aliados desde que admitiu publicamente ter planejado o assassinato do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017, Janot achou melhor se afastar da advocacia - atividade que assumiu logo após se aposentar da carreira de procurador do Ministério Público Federal.

A decisão de Janot, que relatou o plano de eliminar Gilmar nas páginas do seu "Nada Menos Que Tudo" - livro que destaca as passagens que reputa mais importantes na Procuradoria-Geral da República, durante seus dois mandatos, entre 2013 e 2017 -, ocorre em meio à saraivada de críticas, principalmente de desafetos, entre eles o senador Renan Calheiros (MDB/AL).

Na última sexta-feira (4), Renan ingressou na OAB/DF com pedido de suspensão da carteira de advogado de Janot. O senador pediu suspensão de 180 dias, prazo para "a apuração psicológica e toxicológica" do ex-procurador.

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