A Justiça de São Paulo aceitou nesta sexta-feira (19) o pedido do senador Aécio Neves (PSDB - MG) e determinou que o Twitter identifique e revele os dados pessoais de 20 usuários.
O pedido de Aécio foi justificado com o argumento de que essas pessoas relacionaram o nome do tucano com o consumo de cocaína e à apreensão de drogas. E, com isso, prejudicaram o andamento da corrida eleitoral do candidato à Presidência. Com a revelação das informações, os advogados do senador podem recorrer com processos individuais contra os internautas.
Aécio Neves apresentou o primeiro pedido à Justiça ainda no mês de agosto. Na época, o departamento jurídico do PSDB solicitou a identificação de 66 usuários do Twitter. O juiz Helmer Augusto Toqueton Amaral acatou o pedido parcialmente em 12 de dezembro.
Segundo informou o jornal "O Globo", a partir das mensagens analisadas pela Justiça, foram identificados: seis perfis apresentados por Aécio que fizeram a associação do nome do senador com o consumo de cocaína, à apreensão e ao tráfico de drogas; outros 11 citaram sobre o consumo de cocaína e três escreveram sobre apreensão de drogas.
O juiz Amaral argumentou que aqueles usuários que não tiveram seus dados revelados, apenas faziam críticas explicitando seus pensamentos. E que, por isso, não havia justificativa para expô-los.
O Twitter, por outro lado, defendeu durante todo o processo que os argumentos apresentados pelo tucano Aécio Neves não eram suficientes para determinar a quebra do sigilo.