Laura Serrano

Testagem e notificação de Covid-19 em Minas Gerais

Saúde confirma que não há subnotificação de casos sintomáticos


Publicado em 15 de junho de 2020 | 03:00
 
 
 
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Desde o início da pandemia de Covid-19 no Estado, as principais ações do meu mandato se voltaram para prevenção e combate à propagação, assim como transparência de informações relacionadas ao coronavírus. Durante esse período, Minas alcançou a primeira posição no ranking do Índice de Transparência da Covid-19 da Open Knowledge Brasil (OKBR), organização que incentiva e reconhece a prática de divulgação de informações de qualidade. A OKBR esclarece que “dados abertos podem salvar vidas”, e disponibilizá-los é uma forma de comprovar a dedicação em concretizar políticas com foco no cidadão.

Nos últimos dias, muito se falou sobre subnotificação, que ocorre quando há uma detecção de números da doença inferior aos valores reais. Em Minas Gerais, como confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde, não há ocorrência de subnotificação relacionada a casos sintomáticos e suspeitos de Covid-19 que procuram atendimento ambulatorial. Em todos os casos suspeitos, Minas segue o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde e realiza a testagem.

Também o receio de que ocorra subnotificação de óbitos em Minas Gerais é infundado, já que todos aqueles com suspeita de Covid-19 são testados. Segundo o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, todos os pacientes internados com suspeita da Covid-19 são acompanhados, sobretudo se houver quadro grave. Em toda a rede hospitalar mineira, de 72% da ocupação de leitos de UTI, apenas 12% são relacionados a casos de Covid-19.

Outro destaque no monitoramento da doença em Minas é que o número de óbitos descartados é consideravelmente maior do que o daqueles ainda em investigação, o que indica que não há demora na avaliação dos casos suspeitos de Covid-19, mas sim uma análise criteriosa por parte da Secretaria de Estado de Saúde. Apesar disso, muitos indivíduos não passam por uma unidade de atendimento, não realizam exames e não são diagnosticados. Por isso, a pandemia é tão desafiadora, já que a subnotificação de casos assintomáticos é muito provável.

Nessa discussão, é muito importante avaliar o que é fato e o que é fake. Basear-se em dados e evidências sempre é o melhor caminho. A análise dos dados disponibilizados pelo Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil aponta que, em Minas Gerais, houve redução de 8,53% no número de mortes em decorrência de doenças respiratórias como pneumonia, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Covid-19. De janeiro a maio deste ano, 40.537 óbitos por doenças respiratórias foram registrados no Estado, número inferior ao do mesmo período de 2019.

Em um cenário em que a pandemia de Covid-19 é uma das maiores crises sanitárias já enfrentadas, o governo de Minas tem se destacado no apoio à população e fortalecimento da saúde pública. Minas tem o hospital de campanha mais barato do Brasil, cujos leitos, felizmente, ainda não precisaram ser utilizados. Foram comprados ou recuperados e distribuídos no Estado mais de mil respiradores hospitalares. A capacidade de atendimento do SUS foi ampliada em cerca de 30% desde o início da pandemia.

Minas tem a segunda menor taxa de mortalidade por Covid-19 do país. Todos os casos suspeitos que procuram atendimento ambulatorial são testados, assim como os óbitos. A maior evidência de que o combate à pandemia tem sido bem conduzido pelo governo de Minas é a taxa de ocupação de leitos, já que apenas 12% das UTIs do Estado estão ocupadas por pacientes com Covid-19. A prioridade é, e sempre foi, a vida dos mineiros.

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