O colégio de líderes da Câmara Municipal de Belo Horizonte discutiu em reunião nesta segunda-feira (2) uma proposta para que o vereador Rogério Alkimim, investigado em um caso de ‘rachadinha’, renuncie ao seu mandato parlamentar.
Segundo o vereador Gabriel Azevedo (sem partido), a opção da renúncia ao mandato seria uma alternativa à abertura do processo de cassação. “A opção foi apresentada no intuito de evitar o desgastante processo de cassação que tem duração de até 90 dias e permitir que a Câmara Municipal foque mais em temas que realmente sirvam aos interesses da população de nossa cidade”, informou Gabriel por meio de nota.
O vereador foi procurado para comentar a sugestão discutida pelos líderes da Câmara, mas não atendeu às ligações. Sua assessoria também não atendeu a reportagem.
Denúncia
A Polícia Civil investiga Alkimim por suspeita de “rachadinha”, nepotismo, funcionários-fantasma e uso irregular do carro oficial.
A estimativa é que o esquema arrecadava por mês entre R$ 55 mil e R$ 70 mil em repasses irregulares dos salários dos servidores. O inquérito corre em segredo de Justiça, e o parlamentar nega qualquer irregularidade.
Segundo uma testemunha ouvida na investigação, a “rachadinha”, que é a devolução de parte dos salários dos servidores ao parlamentar, envolveu, inclusive, um funcionário que seria tio do vereador. Conhecido por Tio Messias, ele estava empregado no gabinete de Alkimin até o mês passado com um salário de R$ 14 mil, mas ficaria apenas com um valor entre R$ 500 e R$ 1.000.