Repercussão

Luciano Huck e outros famosos lamentam morte de petista por bolsonarista

Quando antagonismos políticos matam, morre junto o ideal democrático, escreveu o apresentador do Domingão com Huck

Por Agências
Publicado em 10 de julho de 2022 | 18:34
 
 
 
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O caso da morte de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT, na noite de sábado chamou a atenção de políticos e de famosos, que repudiaram a atitude violenta do policial penal federal bolsonarista que invadiu a festa de 50 anos do militante, com itens temáticos de Lula e do partido. Mas a repercussão não ficou restrita apenas às figuras ligadas ao poder, e se estendeu também a manifestações de famosos como Luciano Huck, Zélia Duncan e José de Abreu ao longo deste domingo.

"Diante desta tragédia, só consigo pensar nas crianças que perderam os pais de um jeito tão brutal. Democracia exige tolerância, civilidade e respeito no dissenso. Quando antagonismos políticos matam, morre junto o ideal democrático", escreveu o apresentador do Domingão com Huck.

"Até pra discordar, precisamos saber ouvir. Sem isso, retrocedemos à barbárie. Temos a obrigação de entregar um Brasil melhor do que recebemos. E isso só será possível com diálogo, união e consenso", completou.

A cantora Zélia Duncan também repudiou o assassinato de arruda chamando o policial responsável pela morte, Jorge José da Rocha, de "um 'homem de família', enfurecido e vazio de qualquer forma de pensar". "O assassino apareceu na festa com a esposa e a filha... Ameaçou, as deixou em algum lugar e voltou pra completar o crime", disse.

A escritora professora de filosofia Marcia Tiburi também comentou o caso, dizendo que decidiu sair do Brasil em 2018 "as ameaças eram de massacre devido à nossa presença", disse se referindo ainda a Jean Wyllys e Debora Diniz. "Marcelo Arruda perdeu a vida, mas impediu um massacre", concluiu.
Marcelo também era diretor da executiva do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi).

O assassinato do militante ocorre em meio a episódios ligados a ameaças, ataques e tensão relacionados à pré-campanha eleitoral no Brasil.
Na última quinta (7), um evento com apoiadores do petista na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, foi alvo de um artefato explosivo.

A bomba caseira, aparentemente feita de garrafa PET, foi lançada do lado de fora da área isolada em frente ao palanque, antes da chegada de Lula.
No último dia 15, apoiadores do ex-presidente foram alvo de drone com fezes antes de um ato com a presença de Lula em Uberlândia, Minas Gerais.

Folhapress

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