O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou comentar os episódios de assédio sexual ocorridos na Caixa Econômica Federal e que geraram a demissão do então presidente Pedro Guimarães nesta quarta-feira (30). Falando à rádio Educadora, de Piracicaba, sem ser perguntado, Lula disse que não tinha o que falar sobre o assunto. A pré-candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet (MDB), porém, criticou o petista.
Ao falar sobre privatizações no país, Lula introduziu o assunto dizendo que não teria razões para falar do tema. "Vocês nem perguntaram do presidente da Caixa Econômica, que está sendo acusado por assédio, mas também eu não sou procurador e não sou policial (para comentar", disse Lula.
Simone Tebet reagiu à declaração em suas redes sociais e defendeu que, sim, Lula tinha obrigação de comentar o tema, como fizemos outros pré-candidatos.
"A reação de Lula ao assédio contra as trabalhadoras da Caixa é lamentável e reveladora de seu machismo", disse Simone Tebet, marcando o ex-presidente.
Mais cedo, ela tinha defendido a "demissão sumária" de Pedro Guimarães e chamado o ato de "inadmissível". Também o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, reagiu duramente e defendeu que o ex-presidente da Caixa deveria ir para a cadeia.
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