Em brasilia e Porto alegre

Manifestantes protestam em frente às casas de Renan e Teori Zavascki

Grupos de manifestantes pró-impeachment pregaram cartazes com palavras de ordem em frente às casas de Renan e Teori

Por Agências de notícias
Publicado em 23 de março de 2016 | 10:38
 
 
 
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Nesta quarta-feira (23), grupos de manifestantes pró-impeachment realizam protestos em frente às casas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, em Brasília e no Rio Grande do Sul, respectivamente.

Com megafone, cornetas e fogos de artifício cerca de dez pessoas estão desde as 7h30 da manhã em frente à residência oficial do presidente do senador. O grupo tem pessoas do Vem pra Rua e do Movimento Brasil (MBR).

“A gente veio acordar o presidente do Senado e dar um recado: somos contra a corrupção e esperamos que ele apoie o impeachment quando o processo chegar ao Senado”, disse Luciana Almeida, do Movimento Vem pra Rua.

A motivação para o ato na casa de Renan começou após as declarações dadas ontem (22) pelo parlamentar de que é preciso ter “responsabilidade com o país e com a democracia” no que se refere ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e, para que o processo ocorra, o crime de responsabilidade tem que ficar caracterizado.

“Quando o impeachment acontece sem essa caracterização o nome, sinceramente, não é impeachment. É outro nome”, disse Renan nesta terça-feira (23).

O presidente do Senado está na residência oficial e deve vir para o Congresso pouco antes das 11h, quando terá uma reunião com a Mesa Diretora da Casa. Até esse horário os manifestantes devem permanecer no local.

Inquéritos

Nesta terça-feira (22) o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu mais dois inquéritos sobre o presidente do Senado, assim já são nove o número de investigações do parlamentar no âmbito da operação Lava-Jato.

As duas novas investigações são desdobramentos do processo original sobre a atuação de Renan para manter Paulo Roberto Costa como diretor da Petrobras.

Essas investigações abordam suposto recebimento de propina de contratos da Transpetro e conluio entre Renan e o deputado Aníbal Gomes(PMDB-CE) para contratação de empresa terceirizada pela Petrobras, ambos negam qualquer envolvimento nessa operação.

Porto Alegre

Na manhã desta quarta-feira (23) as faixas não estavam no local. O protesto foi liderado pela Banda Loka Liberal, grupo ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre) que anima os protestos contra Dilma Rousseff e Lula no Rio Grande do Sul tocando músicas com ritmo de torcida de futebol e marchinha de Carnaval.

Na terça, os cânticos acusavam o ministro de "bolivariano". O grupo, que se autodefine como "opressor de socialistas", publicou vídeos e fotos na sua página do Facebook, onde o endereço do ministro foi divulgado por internautas. Cerca de 40 pessoas, segundo o grupo, estavam no local.
Os manifestantes se queixavam da ordem de Zavascki para que o juiz Sergio Moro envie ao STF as investigações que envolvem o ex-presidente Lula na Lava Jato.

"Está muito claro que está acontecendo um golpe na República. Já ficou provado com os áudios [das conversas do Lula] que existia um aparelhamento do STF. A gente precisa de uma pressão com maior gravidade", disse Tiago Menna, 28, da Banda Loka Liberal, à reportagem.
Menna afirmou ainda que, durante o protesto, "diversos vizinhos já estavam de pijama e desceram com panelas para apoiar o ato".

Acampamento Sergio Moro

A maioria dos manifestantes estava em um acampamento no Parcão (Parque Moinhos de Vento). O "Acampamento Sergio Moro" defende o impeachment da presidente Dilma e a prisão de Lula.
No local, o grupo organiza rodas de violão com músicas que dizem que o "capitalismo veio para ficar", acompanhadas de churrasco. A "sonzeira" é transmitida ao vivo pela Banda Loka Liberal em sua página. O grupo também está convocando para o evento "Chopp sem Dilma" com o objetivo de "beber chope pelo preço antes do aumento de impostos da Dilma", nesta quarta (23), às 19h, também no Parcão.

Zavascki é natural de Faxinal dos Guedes (SC), mas estudou direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde também completou seu mestrado e doutorado. Zavascki é ministro do STF desde 2012.

O grupo também protestou em frente à casa do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS). De acordo com Menna, o protesto ocorreu porque "é um dos poucos deputados gaúchos que se posicionam contra o impeachment".

Confira o vídeo da movimentação no Rio Grande do Sul: 

 

Atualizada às 14h01

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