Marcus Pestana critica ‘ausência política’ de Zema e agressividade de Kalil

Para o pré-candidato do PSDB ao Governo de Minas, Marcus Pestana, seus principais adversários na corrida eleitoral Romeu Zema (Novo) e Alexandre Kalil (PSD) refletem a polarização no Estado. Para o ex-deputado federal e um dos fundadores do partido tucano, a eleição em Minas está polarizada entre a ‘falta de presença política’ do atual governador e o 'excesso’ no discurso do ex-prefeito de Belo Horizonte. A declaração foi feita durante sabatina promovida pelo Uol na tarde desta quinta-feira (12).

“Não podemos ter um governador acanhado, tão tímido, que não tem tesão na política, que não acredita na ação política como ferramenta de mudança. Ele tem um ar meio blasé, é ausente. Ele é gente boa, honesto e bem intencionado, só que não é do ramo”, disse. 

Por outro lado, o pré-candidato afirmou que aquilo que falta em Zema, sobra em Kalil. “Tem um estilo todo próprio, uma exuberância retórica agressiva, às vezes até muito ríspida e grossa, mas um grande comunicador”, afirmou.

Em referência a Zema, Pestana criticou a tendência em eleições passadas de eleger pessoas com pouca ou nenhuma experiência em detrimento de políticos experientes. Segundo o tucano, a ausência de vivência na política resulta em falta de diálogo entre Zema e categorias importantes para o Estado, como as forças da segurança pública, o que gerou a greve das polícias em Minas, em março deste ano, que reivindicava a aprovação da recomposição salarial de 24% para a categoria.

“Amadorismo ao fazer um acordo que não poderia cumprir e falta de diálogo. O orçamento não é um saco sem fundo, o contribuinte quer pagar menos imposto, o servidores querem melhores salários, os prefeitos querem parcerias, a sociedade quer obras e os bancos querem receber a dívida. Então, você tem que pilotar e Minas está quebrada”, declarou.