Mario Frias trabalha armado, grita com servidores da Cultura e gera mal-estar

O secretário especial da Cultura de Jair Bolsonaro (sem partido), Mario Frias, anda e trabalha armado em Brasília, com o revólver à mostra pendurado em sua cintura. A informação foi publicada pela “Folha de São Paulo” nesta terça-feira (25).

De acordo com depoimentos anônimos dados ao jornal, a arma "gera mal-estar e desconforto entre funcionários e pessoas que se reúnem com o secretário". Tudo isso em ambiente de "escândalos e ofensas”, gritarias e perseguição a funcionários.

Frias tem posse e porte de arma, segundo este obtido no final de 2020. Ele requisitou o documento afirmando que precisaria da arma devido aos riscos que estaria exposto ao ocupar o cargo no governo federal. 

"Considerando minha condição de Secretário Especial da Cultura, especialmente em um momento político com políticos ataques, ameaças e manifestações violentas contra autoridades que compõem a administração pública federal e, tendo em vista que, na condição de secretário Especial da Cultura, participo de eventos e reuniões em todo Brasil, muitas vezes em meio a protestos e manifestações violentos, faz-se extremamente necessário o porte de arma, ainda mais que frequentemente sou abordado por diversas pessoas para tratativas de vários assuntos, alguns sensíveis e complexos e, às vezes algumas dessas pessoas se constituem de pessoas estranhas a mim e à minha equipe. Tais fatos tem ocorrido desde que fui nomeado para a função e, desde então, tenho sofrido pressões diversas, situações nas quais me vejo em estado de alerta e pelo qual tenho receado pela minha integridade física, dos meus familiares e da minha equipe. Nestes termos, solicito o deferimento do porte de arma ora requerido (sic)", diz o pedido, publicado pela Folha.