Medalha da Inconfidência

Mateus Simões questiona solenidade

Vereador de Belo Horizonte falou ontem os moldes da entrega da Medalha da Inconfidência.

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 23 de abril de 2019 | 03:00
 
 
 
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O vereador de Belo Horizonte Mateus Simões (Novo) – que coordenou a equipe de transição do governo de Romeu Zema – questionou ontem os moldes da entrega da Medalha da Inconfidência. 

“Ao se conceder um número muito grande, como é feito atualmente, você desvaloriza a homenagem a ponto de a gente ter dúvida se aquilo é realmente uma honra. Basta ver a lista de quem já foi agraciado, deve ter pelo menos duas dúzias de pessoas presas”, analisou.

Para o parlamentar, a honraria deste ano acabou sendo feita pela pressão em homenagear as forças de segurança presentes nos resgates de vítimas após o rompimento da barragem I da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho. 

Simões considerou que Zema acertou em acabar com todas as demais homenagens e manter apenas a da Inconfidência pelo simbolismo, mas defende que haja uma reformulação no sistema usado hoje. “Historicamente, o critério adotado tem sido mais político que honorífico. Precisamos mudar isso, a própria estrutura, o número de medalhas. Eu posso até concordar com medalhas concedidas pelo Poder Executivo em situações excepcionais para pessoas extraordinárias, mas não posso concordar com centenas de medalhas para centenas de pessoas”, declarou.

Recentemente, o vereador apresentou um projeto na Câmara de Belo Horizonte que promove a extinção de todas as modalidades de comendas e homenagens oferecidas pelo Legislativo municipal. Na oportunidade, Simões considerou que as honrarias assumem um papel de troca e são uma forma de uso indevido da máquina pública. 

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