Apesar de aglomerações, Lira diz que não há como a Câmara trabalhar virtualmente

O Sindilegis informou, na noite desta quarta-feira (24), que vai apresentar ação judicial para impedir que os servidores da Câmara dos Deputados e do Senado voltem às atividades presenciais enquanto as Casas Legislativas não assegurarem o cumprimento dos protocolos de segurança necessários para evitar a proliferação da Covid-19. 

Como a coluna mostrou, no início da semana foi registrada aglomeração nos anexos da Câmara. Filas enormes de visitantes e bastante movimentação dentro dos prédios foram cenas comuns na Casa. Nos dias em questão, prefeitos de todas as regiões do país estavam transitando pelo Congresso com intuito de conseguir emendas. 

No entanto, também tem sido vista uma movimentação maior no Legislativo nos últimos dias, desde que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), optou que a volta aos trabalhos ocorresse de forma híbrida. Além disso, é comum encontrar parlamentares e visitantes sem o uso da máscara. O sindicato registrou diversos casos de servidores que foram contaminados. 

Questionado sobre a situação em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (25), Lira não acenou positivamente para o recuo da volta ao trabalho presencial na Câmara. Ele afirmou que não teve conhecimento da decisão do Sindilegis, mas pontuou que o sindicato tem o direito de apresentar essas medidas. 

“Mas há de entender que essas pautas que a Câmara tem que tratar não tem como funcionar de forma virtual. Para isso, já existe um ato da Mesa, em que compete ao diretor geral organizar um plano de trabalho responsável para o funcionamento do Poder Legislativo”, declarou.