Aos que já estavam com saudade das confusões no PSL, a novela envolvendo a guerra de listas no partido para a escolha do líder na Câmara dos Deputados deve voltar, e com uma novidade: pode ser judicializada, se necessário. Isso é o que integrantes da legenda já dizem nos bastidores do Legislativo.
Uma decisão da 4ª Vara Cível de Brasília derrubou a suspensão dos parlamentares do grupo bolsonarista do PSL que havia sido efetivada pela cúpula nacional da agremiação nos últimos dias. Nesse intervalo, a ala ligada ao presidente da legenda, o deputado federal Luciano Bivar (PE), havia nomeado Joice Hasselmann (SP) como líder da sigla na Casa. Mas, com essa reviravolta na Justiça, os políticos pró-Bolsonaro devem tentar promover o retorno de Eduardo Bolsonaro ao posto.
O deputado Cabo Junio Amaral (PSL-MG) não fala em judicialização, mas diz que já será colocado em prática o movimento para promover a volta do filho do presidente ao cargo. Ele afirma que o grupo bolsonarista tem maioria na Câmara e, assim, não terá problemas para recolher assinaturas, mesmo sem saber o que esperar do lado bivarista do PSL.
“Eles cometeram diversos erros, foram arbitrários, criaram um tribunal de exceção para nos julgar. Eu fui suspenso por três meses, outros, por um ano. Essa foi a saída deles para retomar a liderança, mas a Justiça reconheceu de imediato e anulou a nossa suspensão. Então, naturalmente, vamos colher de novo essas assinaturas e retomar a liderança para o lado de onde ela não deveria ter saído”, disse o deputado.