Atuação de Paulo Brant gera ciúmes em setor do Novo

A atuação destacada do vice-governador Paulo Brant dentro da administração do Estado acabou causando ciúmes em alguns membros do Partido Novo – sigla da qual o próprio Brant também é filiado. Nos últimos meses, o vice de Romeu Zema tem participado efetivamente de decisões quanto à gestão do governo – ele vinha sendo assessorado, inclusive, pela economista Luísa Barreto, historicamente ligada ao PSDB e organizadora do plano de governo proposto por Antonio Anastasia (PSDB) na campanha do ano passado. Ela foi nomeada no início deste mês como secretária adjunta de Planejamento e Gestão – a ida para a pasta foi sugerida por Brant.

Uma ala da legenda tem disparado farpas por conta dos elogios dirigidos ao vice, uma vez que o mote de gestão é, justamente, um dos pilares do Novo. Brant, para esse setor mais ideológico e “de base” do partido, é “exageradamente” ligado à política tradicional do Estado. De fato, a relação do vice-governador com deputados e a Assembleia Legislativa, em geral, é boa e melhor que a dos outros setores do governo.
 
Questionado sobre a situação, o vice-presidente do Novo em Minas, o empresário Evandro Negrão, negou a questão. “Não tem nada disso, o Brant é visto internamente como o melhor vice que o Romeu Zema poderia ter”, disse.