O “desacerto” recente na gestão Romeu Zema teria ocorrido pelo fato de o governador não ter cumprido um acordo costurado pelo próprio Executivo com a classe política. Por ele, Zema e o vice, Paulo Brant, se licenciariam do partido Novo em nome de uma articulação, que envolveria Assembleia Legislativa (ALMG), Tribunal de Justiça (TJMG), Tribunal de Contas (TCE) e várias entidades.
A avaliação era a de que só um movimento suprapartidário poderia tirar Minas do atoleiro fiscal em que se encontra. Segundo informações de bastidores, inicialmente o governador aceitou o acordo, mas foi convencido pelo secretário geral do Estado e futuro secretário de Governo, Igor Eto, de que seria um “risco” abandonar as teses da legenda e embarcar no movimento. Zema, então, optou em permanecer na sigla em detrimento dos projetos acordados com os parlamentares.
A decisão do governador provocou na última semana as saídas do secretário de Governo, Bilac Pinto, do comando pasta, e do vice-governador do partido. Brant, inclusive, pode repetir o gesto do ex-vice-governador Antônio Andrade (MDB) que, ao romper com Fernando Pimentel (PT), passou a despachar na sede do Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
A assessoria de impresa do vice-governador informou que não haverá nenhuma mudança na rotina de Brant e que ele segue sem filiação partidária.