Diretório nacional do PSDB avança com pedido de expulsão de Celso Sabino

A maioria da Executiva Nacional do PSDB decidiu, em reunião nesta quinta-feira (20), encaminhar o pedido  de expulsão contra o deputado federal Celso Sabino (PA) ao Conselho de Ética da legenda. O motivo é ele ter aceitado o convite para assumir a liderança da maioria na Câmara “sem qualquer discussão prévia com lideranças nacionais e da bancada”.

Sabino foi indicado para ocupar o cargo por indicação de 11 partidos. O movimento, no entanto, não foi pra frente por esbarrar em questões regimentais da Casa. A tentativa foi feita pelo grupo de apoio ao líder do PP, Arthur Lira (AL), que está em pé de guerra com o presidente do Legislativo, Rodrigo Maia (DEM-RJ), após o racha no Centrão. Hoje, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), aliado de Maia, é o líder da maioria. 

Foram 25 votos favoráveis a instalação do processo interno, quatro contrários e três abstenções. O ex-presidente nacional do partido José Aníbal é quem será relator do caso. A representação contra Sabino foi apresentada pelo presidente nacional da sigla, Bruno Araújo. Ele argumenta que houve violação ao estatuto e à ética partidária.

No parágrafo 1º do artigo 49 do estatuto é dito que “os integrantes das bancadas nas Casas Legislativas deverão subordinar sua ação parlamentar aos princípios doutrinários e programáticos e às diretrizes estabelecidos pelos órgãos de direção partidários”.

Segundo nota da legenda, em tentativa de entendimento foi dada a Sabino, na reunião desta quinta, “a prerrogativa de declinar oficialmente do convite para o cargo, o que não foi aceito por ele”. E, com isso, a votação pela admissibilidade ou não do processo foi levada adiante.

“Todos os membros que votaram pelo encaminhamento ao Conselho de Ética alegaram que o PSDB não faz parte do governo Bolsonaro e que não é pertinente, portanto, que um de seus membros assuma a liderança do bloco de maioria governista”, disse o partido por meio de nota.