Acordos

Escolha para presidente da CCJ da Câmara vai ficar para depois do Carnaval

O deputado federal mineiro Laffayete Andrada está no páreo

Por Fransciny Alves
Publicado em 09 de fevereiro de 2021 | 18:04
 
 
 
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A escolha para novo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados vai ser feita após o feriado de Carnaval. Até lá, partidos contrários à escolha do PSL ao nome de Bia Kicis (DF) tentam articular para que o mineiro Lafayette Andrada (Republicanos) fique no comando do colegiado. 

Com a recusa do PSL de declinar do nome da deputada bolsonarista, parlamentares têm acionado o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para acalmar os ânimos. Mas ele já avisou que não vai se intrometer. A CCJ é o colegiado mais importante da Casa. Todos os projetos passam por ela e pedidos de impeachment também precisavam do aval dos membros da comissão.

Como a coluna mostrou, no início de 2020, Andrada era cotado para ocupar o cargo, mas por conta da pandemia da Covid-19, as atividades das comissões foram paralisadas. Ele é lembrado para ser candidato avulso por conta da atuação técnica do Legislativo. Ele tratou de assuntos polêmicos, que acabaram colocando-o em evidência para essa disputa, como o pacote anticrime e a PEC da prisão após condenação em segunda instância.

Bia é conhecida por pser aliada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ter uma postura radical e constantemente estar envolvida em polêmicas – manifestações antidemocráticas, negacionismo em relação à vacina contra o coronavírus e divulgação de fake news -, o nome de Bia é rechaçado por diversos políticos no Legislativo. Até mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) queixaram-se dessa possibilidade.

Atualmente, a deputada do DF é a segunda vice-presidente do grupo. E, por conta de acordo para a candidatura vitoriosa de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara, ficou acertado que a chefia do colegiado neste ano ficaria com o PSL, uma vez que é o maior partido do bloco vencedor.  Inicialmente, o nome cotado era de outro mineiro, Delegado Marcelo Freitas (PSL). 

Contudo, para conseguir a 1ª secretaria da Casa, Luciano Bivar (PSL-PE) aceitou que Bia Kicis ficasse com a CCJ e jogou para escanteio a possibilidade do posto ficar nas mãos do policial. Bivar é presidente nacional da legenda e, hoje, o comando da presidência do colegiado também está nas mãos do partido, com Felipe Francischini (PR).  Apesar das indicações e acordos para as presidências das comissões serem feitos anteriormente, os nomes precisam ser confirmados em votação nos próprios grupos.

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