Crise no Planalto

Mesmo se Mandetta for demitido, avaliação é que seu nome ganha força para 2022

Se o DEM não quiser o ministro para a disputa, vários partidos já estão de olho em Mandetta para concorrer à cadeira do Palácio do Planalto


Publicado em 06 de abril de 2020 | 16:55
 
 
 
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A especulação sobre uma possível demissão do ministro Luiz Henrique Mandetta do cargo de ministro da Saúde pode dar a ele uma chance em 2022 que já está sendo discutida pelo Democratas e por outros partidos de centro: concorrer à Presidência da República.

Abraçando as recomendações técnicas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de especialistas dentro da pasta brasileira em relação ao novo coronavírus, Mandetta tem se recusado a adotar o discurso do presidente Jair Bolsonaro de que é preciso implantar no país o isolamento vertical, pelo qual somente quem pertence ao grupo de risco deve ficar isolado.

Ele e o presidente, inclusive, já trocaram várias farpas publicamente em relação a esse assunto, o que revela que a situação ficou insustentável.

A avaliação de líderes políticos no Congresso é que, independentemente do desfecho, o ministro sai dessa crise com uma imagem boa. O entendimento é o de que, se ele continuar no posto e conseguir minimizar a pandemia da Covid-19, ele vai sair como “salvador” mesmo com o posicionamento de Bolsonaro.

Já se for demitido, isso mostrará que ele tentou ajudar a saúde do Brasil, mas foi impedido pelo presidente. Certo nas rodas de conversa de política em Brasília é que, se o DEM não quiser, vários partidos já estão de olho em Mandetta para disputar a cadeira do Palácio do Planalto.

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