Repercussão

Na mira do STF, Cabo Junio Amaral diz que não fez nenhuma doação a protestos

O ministro do Supremo Alexandre de Moraes determinou a quebra do sigilo bancário do mineiro e de outros parlamentares bolsonaristas

Por Fransciny Alves
Publicado em 16 de junho de 2020 | 17:59
 
 
 
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O deputado federal mineiro Cabo Junio Amaral disse, nesta terça-feira (16), que não fez nenhuma doação para financiar atos antidemocráticos e que “pouco se importa” com o que vão encontrar na conta bancária dele, mas acredita que chegou-se no extremo com a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de romper o sigilo bancário dele e de outros 10 parlamentares ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele considera que é uma tentativa de intimidação.

“Todo mundo tem garantia e direito constitucional, mas nós (apoiadores do presidente) não temos. Eu sequer estava sabendo disso, nem sei se estou nesse inquérito, nem fui notificado de nada. Tudo que estamos sabendo é por meio da imprensa. Não há motivo algum para esse levantamento. Ainda se eu tivesse feito doação para manifestações, isso seria direito meu. Não tem nenhuma legislação que me proíbe, mas não fiz. E não tem nada meu lá nesse sentido”, afirmou o deputado à coluna.

Na avaliação dele, a decisão vem no sentido de intimidar ele e os colegas que apoiam o presidente. “A única coisa que eu financiei recentemente foi o meu apartamento. Eu não tenho financiamento de absolutamente nada. (...) Eu não estou preocupado com o que vão ver nas minhas transações bancárias. Estou preocupado é com a ditadura do Judiciário com esses grandes absurdos que o STF está se dispondo, direcionando especialmente para apoiadores do presidente”, completou.

O mineiro foi um dos parlamentares bolsonaristas que tiveram a quebra do sigilo bancário determinada por Moraes. Além de Amaral, estiveram na lista do ministro: Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Otoni de Paula (PSC-RJ), entre outros. O intuito do STF é investigar se os políticos ajudaram no financiamento de atos antidemocráticos, em Brasília. Nesta terça-feira, o ministro havia autorizado a deflagração da operação Lume, que cumpriu mandados de busca e apreensão contra 21 pessoas que estariam ligadas às manifestações antidemocráticas.

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