Ministério da Saúde

Presidente do Conass diz que efetivação de Pazuello foi um ‘acerto’

O militar foi oficialmente efetivado como chefe da pasta durante solenidade, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (16)

Por Fransciny Alves
Publicado em 16 de setembro de 2020 | 17:32
 
 
 
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O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Eduardo Lula, disse à coluna Minas na Esplanada que a nomeação do general Eduardo Pazuello como ministro da Saúde foi um “acerto” do governo Jair Bolsonaro (sem partido).  O militar foi oficialmente efetivado como chefe da pasta durante solenidade, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (16). 

Segundo Lula, que é  secretário de Saúde  do Maranhão, a decisão de o general assumir o ministério “já não era sem tempo”, uma vez que o “mais correto e pragmático” a se fazer era manter a equipe que estava à frente da pasta.

“Além disso, a saúde já sofre os danos da alta rotatividade que sofreu nos últimos meses, num cenário tão complicado. A efetivação do ministro Pazuello é um acerto e destacamos com ênfase que ele retomou o gabinete de crise, a condução da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e o diálogo com o Conass e o Conasems”, ressaltou.

Pazuello assumiu o ministério interinamente em 28 de abril, no lugar do oncologista Nelson Teich, de quem ele era secretário executivo. O médico deixou o ministério menos de mês após assumir a cadeira. Ele não concordou com a decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de utilizar cloroquina para enfrentar a doença.

Antes de Teich, o presidente demitiu, em abril, Luiz Henrique Mandetta do comando do Ministério da Saúde. O até então ministro defendia que a pandemia da Covid-19 fosse combatida com base nas orientações técnicas da Organização Mundial da Saúde (OMS). A cloroquina foi outro ponto sensível. 

Sobre às expectativas em relação a gestão de Pazuello, o presidente do Conass avalia que é preciso discutir o financiamento do Sistema Único de Saúde para 2021, de um modelo “que deixe um legado de mais serviços, mais atendimento às demandas da população”. No entendimento dele, é preciso considerar no Orçamento do Ministério da Saúde do próximo ano as estruturas montadas para tratar a pandemia da Covid-19. 

“Vamos simplesmente desmontar os leitos de UTI e colocar os aparelhos nos almoxarifados das secretarias? Ou vamos dotar o SUS de mais recursos para ofertarmos os serviços que a sociedade já necessitava e que foram estruturados na pandemia? Acho que esse é o grande problema a enfrentar e a principal resposta à sociedade brasileira”, ressaltou. 

Ainda segundo Lula, essa questão foi tratada com Pazuello: “Apontando desafios como o retorno das cirurgias eletivas, as ações de saúde mental e o represamento enorme de doentes e doenças e por isso insistimos que vamos precisar de mais recursos. Daremos continuidade à essa pauta nas próximas semanas para buscarmos uma proposta concreta, tanto para o orçamento de 2021 quanto para um novo modelo de financiamento para o SUS frente às consequências da pandemia para o sistema”.

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