Nos bastidores do governo de Minas Gerais e nos corredores da Assembleia Legislativa tem circulado a informação de que o secretário de Governo, Custódio Mattos, está balançando no cargo e pode ser exonerado nos próximos dias.
Oficialmente, a assessoria de imprensa do Estado nega. Mas, nesta segunda-feira (19), o tucano se reuniu com o governador Romeu Zema (Novo) para se queixar da pressão e pedir o posicionamento.
Isso porque o rumor de que ele não iria mais compor o primeiro escalão do Estado já se arrasta por cerca de um mês, sendo atenuado nos últimos dias. Isso, principalmente, porque o fato é comentado por deputados, tucanos e, até mesmo, pessoas próximas ao secretário de governo.
A permanência dele na chefia da pasta, inclusive, seria por conta de um pedido do vice-governador, Paulo Brant (Novo). E também por conta das tratativas do plano de Regime de Recuperação Fiscal que a administração estadual deve mandar para o Legislativo
Entre os motivos apontados para a saída de Mattos está a interlocução com os deputados estaduais da Casa. Parlamentares queixam-se que nomes tucanos estariam tendo “preferência” nas conversas e articulações com o Estado.
Além disso, segundo fontes ouvidas pela coluna, teria uma insatisfação do próprio presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PV), com o modo que esse relacionamento entre Executivo e Legislativo tem sido feito.
O possível afastamento também é visto com bons olhos por nomes do partido Novo em Minas. Muitos deles são contrários a participação do PSDB na gestão.
Resposta
Procurada, a assessoria de imprensa do Estado negou, por meio de nota, que a exoneração do ex-prefeito de Juiz de Fora ocorra e ressaltou que o tucano permanece no posto em função do “bom trabalho que tem desempenhado”.
“O governo de Minas refuta o boato de que o secretário de governo, Custódio Mattos, será exonerado do cargo. Essa informação é improcedente. O secretário permanece no cargo em virtude do bom trabalho que tem desempenhado”, respondeu a pasta.
O Executivo ainda disse que Mattos tem se empenhado ao máximo no trabalho de interlocução institucional do governo, “somando forças para a missão de resgate desta situação extremamente delicada pela qual passa o Estado de Minas Gerais”.