Manifestação

Servidores da segurança ignoram recomendação do Ministério da Saúde e mantêm ato

Categoria da segurança pública cobra do governador Romeu Zema o cumprimento da promessa de reajuste salarial; protesto ocorre após recomendação de evitar aglomerações para reduzir a transmissão do coronavírus

Por Fransciny Alves
Publicado em 16 de março de 2020 | 15:38
 
 
 
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Os representantes dos servidores da segurança pública de Minas Gerais decidiram ignorar a recomendação do Ministério da Saúde de evitar aglomerações para reduzir a transmissão do coronavírus e mantiveram, para esta terça-feira (16), ato público em frente à Assembleia Legislativa (ALMG). Eles cobram do Estado o cumprimento da promessa de reajuste salarial.

Em reunião na manhã desta segunda-feira (16), deputados federais e estaduais e presidentes das entidades da segurança pública estadual entenderam que “a luta é por direitos” e, por isso, o protesto vai ser mantido de forma “estratégica” e “objetiva”. A expectativa é de que se tenha a queima de caixões durante o ato.

Sobre o risco de propagação do coronavírus, é dito apenas em uma nota conjunta que as caravanas do interior foram canceladas em “respeito às recomendações das autoridades sanitárias brasileiras”. “Você que é da capital tem que participar conosco”, diz o informe.

Em mais novo boletim, divulgado nesta segunda-feira (16), o Ministério da Saúde informou que registrou 234 casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no país. E, segundo a pasta, “a mudança de comportamento e rotina será imprescindível no enfrentamento” desse vírus. Dentre as ações está a de evitar aglomerações.

O deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT-MG) acredita que o protesto segue as recomendações da área da saúde e diz que o movimento não pode parar.

"Por isso mesmo será um ato público. Em respeito às recomendações das autoridades sanitárias brasileiras, cancelamos as caravanas do interior, que são diversas. Mas não podemos parar nossa mobilização que, na verdade, é a luta pelos nossos direitos. O governo está brincando com a gente porque primeiro negocia, pede apoio e depois ele mesmo veta? Isso é uma agressão ao conjunto dos profissionais da segurança". 

A causa da categoria

A classe reivindica do governador Romeu Zema (Novo) o cumprimento na íntegra do projeto enviado pelo Estado à Assembleia que garantia reajuste de 41,7% para categoria. Na última semana, Zema vetou parcialmente a proposta.

Com isso, neste ano, os agentes da segurança vão ter recomposição salarial de 13%, a partir de julho. O chefe do Executivo deixou de fora os artigos que garantiam aumentos para a classe em 2021 e 2022. Os índices eram de 12% em cada um desses anos.

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