Minas na Esplanada

Três perguntas para Cabo Junio Amaral (PSL-MG)

Deputado federal defende proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro

Por Lucas Ragazzi
Publicado em 25 de junho de 2019 | 03:00
 
 
 
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A reforma da Previdência tem sido colocada como a grande prioridade deste início de governo. O senhor apoia o texto apresentado na íntegra pelo ministro Paulo Guedes? Há uma discussão sobre qual modelo deve ser aplicado para as classes militares. Sim, apoio o texto apresentado na íntegra pelo ministro Paulo Guedes. Contudo, creio que seria melhor se fosse retirada a previsão de os parlamentares de mandato atual se aposentarem no regime especial. Isso tem que acabar, é para ontem. Sobre os militares, todos nós sabemos que é uma classe que sofre demasiado descaso por parte do Estado. Creio que o texto apresentado, acrescentando cinco anos de atividade, já é uma cota de sacrifício significativa.

O PSL tem registrado alguns problemas internos corriqueiros. Por que isso tem acontecido? Todos os partidos são semelhantes e têm conflitos. Usualmente, têm maior espaço aqueles que atuam no perfil dos seus caciques partidários e estão dispostos a defendê-los, até mesmo em casos evidentes de desvio de conduta moral. Felizmente, o povo está mais atento e consciente, e a maioria dos políticos ainda não tem a real dimensão disso. Se a limpeza em 2018 foi grande, aguarde 2020 e principalmente 2022.

Recentemente, o senhor deu uma declaração interessante sobre tipos diferentes de parlamentares, classificando parte como meros “entregadores de ambulâncias” em regiões do Estado, enquanto estes não participam do debate ideológico e político. É uma coisa que o senhor repara nesta bancada mineira? Não é uma característica exclusiva da bancada mineira, isso é geral. Prefeitos, vereadores e líderes comunitários se submetem ao parlamentar, e este trabalha durante o seu mandato para enviar recursos para essas lideranças locais. Em retribuição, na época de campanha, devolvem ao deputado apoio político conquistando votos, e para esses apoiadores pouco interessa o alinhamento ideológico, o que ele propõe e como vota. Nosso papel não pode se reduzir a esse formato. 

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