Três perguntas para Eros Biondini (PROS-MG)

O senhor foi escolhido nos últimos dias como vice-líder de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na Câmara dos Deputados. Quais serão as prioridades do Executivo neste fim de semestre? Nosso papel é ajudar o governo na interlocução junto à Câmara dos Deputados para a aprovação dos projetos que mais interessam ao Brasil, como o pacote anticrime e a reforma tributária. Eu mesmo sou autor do projeto das Associações de Assistência aos Condenados (Apacs), que o governo julga importante em relação à ressocialização dos privados de liberdade, e que está na pauta. 

O seu partido, o PROS, apoiou Fernando Haddad, do PT, nas eleições de 2018. Agora, o senhor é vice-líder de governo, justamente do então candidato que venceu Haddad no ano passado. Por qual motivo teve essa mudança de ter apoiado um candidato de esquerda para agora fazer parte da base do presidente, que é de direita? Apesar de o PROS ter apoiado o Haddad, tivemos a liberdade de nos posicionar de forma independente. Desde o início, eu manifestei apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Dessa forma, o convite para a vice-liderança do governo foi um gesto de reconhecimento do nosso trabalho. Eu me senti prestigiado e valorizado pelo presidente, justamente por não ser algo tão previsível. Porém, não obstante esse histórico, o partido acolheu bem a minha nomeação e tem demonstrado apoio ao governo na maioria das votações.

A questão partidária envolvendo o PSL tem dificultado, ou pode atrapalhar de alguma forma a articulação no Congresso? Nosso desafio é impedir que isso aconteça, mostrando aos deputados e deputadas a importância de estarmos todos unidos nas pautas que são importantes para o país e não permitindo que esse tipo de problema prejudique essas agendas. O Brasil, mais que nunca, precisa de nós<.