PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Ministro diz que Secom foi 'contaminada' e que não vai perseguir rivais

“Nosso objetivo aqui não é, nem ajudar os amigos e nem perseguir os inimigos, declarou ministro da Secom Paulo Pimenta (PT-RS)

Por Manuel Marçal
Publicado em 03 de janeiro de 2023 | 18:18
 
 
 
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O ministro Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou nesta terça-feira (3) que nos últimos anos o papel do órgão sofreu o desvio de finalidade ao atender viés ideológico do então presidente Jair Bolsonaro, ao invés de levar informação com credibilidade à população. Diante disso, a mensagem institucional do governo foi “contaminada”.   

“É possível que o governo federal utilize verbas públicas para impulsionar,  patrocinar desinformação muitas vezes em sites, ou em lugares, que ninguém sabe qual é a sau origem? qual é o seu alcance? Sem possibilidade de aferição?”, declarou Paulo Pimenta a jornalistas logo após a sua cerimônia de posse no Palácio do Planalto. 

“Nosso objetivo aqui não é, nem ajudar os amigos e nem perseguir os inimigos”, declarou. “Essa é a proteção que nós precisamos garantir. O governo tem funções diferentes e, quando você confunde todas elas, é claro que a coisa não fica boa”, destacou.  

Paulo Pimenta frisou que o Brasil precisa se inserir no debate nacional e internacional sobre as políticas digitais. Em seguida, destacou que está “muito cedo” pensar em qualquer ação normativa relacionada a regulamentação das redes sociais e lembrou que, durante o processo eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu normas e regras.  

Triagem na Secom após atuação do “Gabinete do Ódio” 

Questionado sobre a triagem da Secom após atividades do “Gabinete do Ódio”, grupo formado por aliados de Jair Bolsonaro e que atuaria até dentro do Palácio do Planalto, Paulo Teixeira declarou que o grupo não tinha relação com o órgão, mas exercia suas atividades junto ao gabinete do ex-presidente da República. “A Secom, como espaço institucional, nós não tínhamos, não identificamos (pessoas lotadas na pasta). Agora, ainda estamos no processo de levantamento de informações, os próprios contratos da Secom. Dentro de três, quatro dias, a gente vai poder ter uma leitura mais clara sobre as condições que nós vamos encontrar a Secom”. 

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