Atos pelo país

Mulher é atropelada em protesto contra Bolsonaro no Recife

Testemunhas afirmaram que motorista jogou o carro em cima dos manifestantes e fugiu do local sem prestar socorro à vítima

Por Da Redação
Publicado em 02 de outubro de 2021 | 18:04
 
 
 
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Uma mulher de 28 anos foi atropelada por um carro que quando participava de um protesto pacífico contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), neste sábado (2) no Recife. Testemunhas afirmaram que o motorista jogou o carro em cima dos manifestantes e fugiu do local sem prestar socorro à vítima.

O atropelamento aconteceu por volta das 12h30, na avenida Martins de Barros, próximo à Ponte Maurício de Nassau, no bairro de Santo Antônio. Segundo o G1, a vítima é uma advogada que integra a Comissão de Advocacia Popular da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) e preferiu não ser identificada.

Uma servidora pública que presenciou o atropelamento contou que o motorista do veículo acelerou, em vez de frear, apesar dos gritos de quem estava presente no local. A mulher atropelada foi socorrida por equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel (Samu) para o Real Hospital Português.

Segundo o presidente da Comissão de Advocacia Popular da OAB-PE, Renan Castro, que acompanhou a paciente no hospital,  disse ao G1, ela tinha quadro clínico estável, mas precisava passar por uma cirurgia no tornozelo esquerdo, devido a uma fratura grave. Ele também disse que a advogada teve uma fratura na cabeça e levou quatro pontos.

Atos pelo país

Articulados por nove partidos – PT, PSOL, PCdoB, PDT, PSB, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade -, novos protestos contra  Bolsonaro ocorreram ou estão em curso neste sábado (2) em centenas de cidades do país. Ao menos 22 capitais, incluindo Brasília, já registraram atos. 

Os manifestantes vão às ruas três semanas após os atos pelo impeachment de Bolsonaro convocados pelos grupos de centro-direita Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Livres, que tiveram baixa adesão. Os protestos deste sábado, vinculados originalmente às legendas de esquerda, buscam ampliar a participação dos setores de oposição.

O principal foco das manifestações passou a ser a crise econômica e temas como a disparada da inflação e o desemprego. Críticas ao negacionismo em relação à pandemia de Covid-19 e os ataques de Bolsonaro à democracia fomentaram os atos de rua contra o governo ao longo deste ano.

 

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