Possível candidato à Presidência da República em 2022 pelo PT, Fernando Haddad começa em Belo Horizonte uma maratona pelo Brasil para entender as urgências locais. Segundo ele, que desembarcou na capital nesta quarta-feira (24), a agenda vai entregar ideias de reconstrução para o Brasil que devem ser praticadas desde já.
"Não dá tempo de esperar 2022, e em 2022 vamos chegar também já recolhendo as críticas a essa proposta, que vai ser aperfeiçoada para apresentação no plano de governo", declarou em entrevista à Rádio Super.
Em Belo Horizonte, Haddad tem uma reunião marcada com o prefeito Alexandre Kalil (PSD) nesta quinta-feira (25), na qual afirmou que vai entregar o Plano de Reconstrução Nacional. "A gente vai entregar o plano e discutir ideias que são mais prementes, que estão na ordem do dia, que são a questão dos cortes na educação e na saúde que o [presidente Jair] Bolsonaro está fazendo, das privatizações, então vamos levar uma agenda curta e autoexplicativa", detalhou o petista.
Para Haddad, o prefeito da capital mineira é uma liderança que pode, a partir de BH, ajudar na agenda em Brasília. Apesar de considerar Kalil uma "liderança de voo solo", o ex-ministro confirmou acreditar que o prefeito pode ajudar na interlocução com o PSD, um dos partidos que mais cresceu nas eleições de 2020.
O plano de reconstrução que será entregue é composto por uma lista de ideias que, segundo Haddad, já gerou projetos de lei enviados pela bancada do partido às casas legislativas federais. Para ele, há urgência na discussão desses pontos. "Não dá para esperar 2022", assevera.
Frente ampla
Na entrevista concedida ao programa Alerta Super, da Rádio Super, Haddad corroborou a percepção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que uma frente ampla contra a reeleição de Bolsonaro é uma ideia para o segundo turno.
Questionado sobre as alianças possíveis do PT para o pleito, ele ainda defendeu que os democratas se unam pela derrota de Bolsonaro nas urnas. "Quem estiver na oposição a ele está à esquerda, não tem como, e todos devem se unir em um segundo turno para apoiar quem chegar lá".
Haddad ainda assegura que o que ocorreu em 2018, que levou à vitória do presidente Jair Bolsonaro, não vai se repetir, destacando que, naquela eleição, nas palavras dele, "criaram um mito que não se sustenta".
Assista à entrevista completa: