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Nome de Anastasia volta a ser cotado para vaga aberta no TCU

Além dele, os senadores Fernando Bezerra e Kátia Abreu também são apontados como possíveis candidatos à vaga no Tribunal

Por Thaís Mota
Publicado em 25 de novembro de 2021 | 18:34
 
 
 
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A saída antecipada do ministro Raimundo Carreiro do Tribunal de Contas da União (TCU) reacendeu a possibilidade de indicação do senador Antonio Anastasia (PSD-MG). Não é de hoje que o nome dele é lembrado para o cargo mas, sempre que perguntado sobre o assunto, o senador se esquiva.

“Isso eu não vou falar não. Deixa a vaga abrir formalmente, que aí eu falo. Estamos em tratativas ainda, não vou falar sobre isso", disse o senador, ao ser questionado sobre a possibilidade nesta quinta-feira. 

Além dele, estão sendo cotados para concorrer à vaga deixada por Carreiro os nomes da senadora Kátia Abreu (PP-TO) e do líder de governo na Casa, senador Fernando Bezerra (MDB-PE). Por se tratar de uma vaga de indicação do Senado, a escolha é feita por meio de votação entre os próprios senadores.

Anastasia conta com a simpatia do presidente do Congresso e seu colega de partido e de bancada, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de ter apoio grande no Senado. 

Questionado sobre a indicação, Pacheco disse na quarta-feira (24) que havia rumores de algumas candidaturas, mas que era preciso a aprovação de Raimundo Carreiro para assumir a embaixada de Portugal, conforme indicado do presidente Jair Bolsonaro. 

"Há rumores em relação às candidaturas do senador Antonio Anastasia, da senadora Kátia Abreu, do senador Fernando Bezerra. Há indicações nesse sentido mas, como não há nada formalizado por ninguém, até porque não é o momento oportuno em respeito ao ministro Carreiro, eu acho que nós não temos que falar nisso", disse. 

Carreiro foi sabatinado nesta quinta-feira e teve sua indicação aprovada pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) da Casa. A partir de agora, o caminho está aberto para a decisão do Senado sobre o indicado ao TCU.

Antes do final da votação, Pacheco passou pela Comissão e, na saída, voltou a dizer que deve esperar a conclusão do processo, a oficialização da abertura da vaga no TCU e a formalização das candidaturas. 

“Eu acho muito importante, até em respeito ao Tribunal de Contas da União e em respeito ao ministro Raimundo Carreiro, que haja concretização dessa sua indicação à embaixada de Portugal. Há uma tendência absoluta de aprovação de seu nome, o grande nome que é da política e da República brasileira, será portanto embaixador em Lisboa. E assim que abrir a vaga do TCU, aí sim começam as conversas em relação a isso. Há já pretensões anunciadas e vamos aguardar a formalização dessas candidaturas. Havendo mais de uma candidatura, vamos cuidar do andamento disso e da votação democrática no plenário do Senado”, disse o presidente da Casa.

Solução para o PSD

A indicação de Anastasia para o TCU levará o suplente Alexandre Silveira (PSD-MG) a ocupar sua vaga aberta na Casa e solucionaria um impasse dentro do próprio PSD - que é a definição de quem será candidato ao Senado pelo partido em Minas nas próximas eleições.

No ano que vem, haverá uma vaga em disputa no Senado que é justamente a de Anastasia, que termina em 2023 seu mandato de 8 anos. Com Silveira assumindo seu lugar, ele naturalmente disputaria a próxima eleição e isso pouparia um desgaste interno no partido, uma vez que, sem o TCU, Anastasia é o candidato natural à reeleição.

Além disso, Silveira - que atualmente é o presidente do PSD em Minas e também assessor de Pacheco - já teria manifestado a colegas do partido seu interesse de concorrer ao Senado no ano que vem. E com Anastasia no páreo isso seria mais difícil já que o ex-governador de Minas lidera com folga as pesquisas de intenções de voto realizadas até agora para o Senado.

Procurado, Alexandre Silveira não atendeu, nem respondeu à reportagem.

Saída antecipada de Carreiro

O ministro Raimundo Carreiro se aposentaria somente em 2023, quando completaria 75 anos de idade. No entanto, foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a embaixada do Brasil em Portugal e decidiu deixar o órgão antes, abrindo a primeira vaga de indicação do Senado no TCU em mais de dez anos. 

Dos nove ministros do TCU, três são indicados pelo Senado, três pela Câmara e três pelo Executivo. Das vagas reservadas ao Executivo, uma é destinada para membros do Ministério Público que atuam junto ao TCU e uma é para auditores de carreira do tribunal. A terceira vaga é de livre indicação do presidente da República.

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