Eleições

'O PHS apoia quem eu mandar', diz Alexandre Kalil sobre eleição para governador

Alexandre Kalil afirma que sigla tomará o rumo que ele achar melhor na eleição para governador

Por Bernardo Miranda
Publicado em 24 de março de 2018 | 03:00
 
 
 
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O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), decidiu ficar em cima do muro sobre o atual cenário eleitoral para o governo de Minas. Como hoje os dois protagonistas da disputa são aliados de Kalil, ele está diante de uma sinuca de bico. Tanto o senador Antonio Anastasia (PSDB) como o governador Fernando Pimentel (PT) tem relações próximas com o mandatário da capital.

Na sexta-feira (23), durante o evento de prestação de contas de seu primeiro ano de mandato na Câmara Municipal, Kalil afirmou que nesse momento não pode se posicionar de forma favorável a nenhum dos dois candidatos. Até porque, no atual secretariado do prefeito, há indicações tanto de Anastasia como de Pimentel.

“Eu não posso apoiar ninguém. Se tem um de cada lado, eu estou preso. Estou amarrado. Se nós estamos ligados ao PT e estamos ligados ao PSDB, qual é o motivo de a gente abraçar alguém agora? São duas pessoas que eu tenho um ótimo relacionamento, mas não tenho compromisso com nenhum dos dois”, disse Kalil.

Entre os nomes de confiança de Anastasia que estão na prefeitura está o secretário de municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis. Já na cota de Pimentel está a secretária municipal de Serviços Urbanos, Maria Caldas.

O prefeito destacou, porém, que pode ter um candidato com seu apoio, mas que está cedo para decidir isso. Questionado sobre a posição de seu partido, o PHS, Kalil foi enfático. “O meu partido vai apoiar em Minas Gerais quem eu mandar. A eleição está muito longe, a chuva não deixa eu nem pensar em eleição. Não pretendo me afobar nesse assunto”, afirmou.

O prefeito ainda brincou com as mudanças entre as alianças partidárias nos últimos dias. “Tudo que leio é: Segunda um vai ser candidato, terça o um tá no colo do outro, quarta o outro vai ser vice, quinta ele já vai ser senador”, brincou.

Antes da decisão de Anastasia aceitar a pressão dos correligionários e se candidatar ao governo, o PHS de Kalil estava conversando com o deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM). Agora, a situação do partido ainda está indefinida, até porque Rodrigo Pacheco conversa com Anastasia e pode desistir de concorrer ao Palácio da Liberdade. 

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