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Ofensas a Fuad e regularização de clubes geram briga entre vereadores de BH

Jorge Santos acusou a PBH e o vereador Bruno Miranda de terem utilizado a sua bandeira ao seu reunir com representantes do clube Jaraguá

Por Letícia Fontes
Publicado em 07 de novembro de 2023 | 16:54
 
 
 
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O vereador Jorge Santos (Republicanos) acusou a prefeitura e o vereador Bruno Miranda (PDT), líder de governo, de terem utilizado a "sua bandeira" ao seu reunir com representantes do clube Jaraguá, na Pampulha, na última semana, para tratar sobre a regularização dos clubes de Belo Horizonte. Em um vídeo postado nas redes sociais, o secretário de governo, Castellar Guimarães Neto, ao lado de Bruno Miranda, disse que a prefeitura está de "portas abertas" aos clubes da capital. 

"A prefeitura está de portas abertas, mas para quem? Eles não me atendem. Nunca usei bandeira de nenhum vereador, agora (vocês) fazem esse papelão? Discutir questões que vocês não entendem? Essa questão estava sendo resolvida, só porque fui contra a CPI da Lagoa (da Pampulha), me barraram de tudo, fecharam as portas", disse Jorge Santos, que afirmou que pretende convocar uma audiência pública na Câmara para receber Castellar Neto.

"O secretário foi indicado, eu fui eleito para estar aqui. Já que ele não me recebe, vou chamá-ló. Vamos resolver os problemas da cidade", completou o vereador. 

Em resposta a Jorge Santos, o líder de governo, Bruno Miranda, acusou o parlamentar e o presidente da Casa de terem fechado o diálogo com o Executivo após terem "ofendido"o prefeito Fuad Noman (PSD). "Quem fechou as portas do diálogo não foi o prefeito, foi quem o ridicularizou. O senhor (Jorge Santos) fez chacota do livro dele, do suspensório, o presidente (Gabriel Azevedo) o chamou de gordo. A relação azedou não foi por conta do Castellar ou do Fuad, vamos deixar as coisas claras. A relação azedou, porque o prefeito foi atacado", afirmou Bruno Miranda.

O vereador ainda acrescentou: "Depois vieram os episódios com a Flávia Borja, com o Wagner e o Miltinho, Infelizmente, virou queda de braço. A gente tenta distensionar, dialogar, mas oportunista eu nunca fui. Não preciso de voto lá, eu preciso é atender demandas quando sou procurado", completou o vereador ao citar que Jorge Santos fez um vídeo para suas redes sociais em uma área em que ele destinou emendas. "Está ruim para a cidade, para o Executivo, não tem ninguém vindo feliz na Câmara", acrescentou Miranda. 

O presidente da Câmara, Gabriel Azevedo, por sua vez, disse que nunca atacou a forma física ou a idade do prefeito e pediu que a prefeitura "deixe o rancor de lado" e esqueça águas passadas para que a cidade possa avançar. Durante seu discurso, Bruno Miranda se corrigiu, após a menção do vereador, e disse que Azevedo chamou o prefeito na verdade de "mafioso de suspensório". 

"Ninguém devia se pautar na vida pública pelo rancor. Já pedi desculpas, mas águas passadas não movem moinhos. Utilizar o que aconteceu meses atrás, como se essa página não tivesse virada, beira o oportunismo do governo em querer seguir sem dialogar com a Câmara. Está virando música de uma nota só. Quem fica nisso, não deixa as coisas avançarem", justificou o presidente da Câmara.

Votação

Após a discussão, os vereadores aprovaram por unanimidade o projeto de lei do Executivo que altera a classificação quanto à permissividade da rua Turim, no bairro Santa Lúcia, na região Centro Sul de BH. O vereador Jorge Santos foi um dos parlamentares que encaminharam no microfone voto favorável a matéria. 

"Mais um projeto aprovado na Câmara de BH, mostrando a harmoniza entre os poderes", alfinetou o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo. 

A matéria foi a única proposta aprovada em plenário nesta terça-feira. Após a votação, a sessão se encerrou por falta de quórum. Desde ontem, os vereadores tem votado um projeto de lei por sessão. Atualmente, há apenas dois projetos de lei pauta, todos do Executivo. 

Antes do mês se encerrar, há ainda sete reuniões ordinárias previstas em plenário. A expectativa é que não seja convocada reuniões extraodinárias neste mês.

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