CPI do Mineirão

Oposição vai buscar na base aliada a última assinatura

Requerimento para instalação da comissão tem 25 assinaturas, mas são necessárias 26

Por Lucas Pavanelli
Publicado em 11 de abril de 2014 | 03:00
 
 
 
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Os deputados de oposição ao governo de Minas que tentam viabilizar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mineirão focam em parlamentares de partidos na periferia da base para tentar obter a 26ª assinatura que daria o pontapé inicial nas investigações. Até o momento, 25 deputados assinaram o requerimento para investigar a fundo o contrato do Executivo com a Minas Arena – empresa que gerencia o Mineirão –, as obras do estádio e o contrato da empresa com o Cruzeiro. A expectativa dos oposicionistas é conseguir convencer, até a próxima semana, mais um parlamentar a assinar o pedido de abertura de CPI.
 

Do bloco “Minas Sem Censura” – formado por PT, PMDB e PRB –, que é de oposição ao governo do Estado, 20 dos 21 deputados assinaram o termo. Ao contrário do que afirmou O TEMPO em reportagem publicada nessa quinta, o deputado Tony Carlos foi o 23º a aderir à criação da CPI. O único peemedebista fora da lista é Leonídio Bouças. O secretário geral do PMDB, o deputado Sávio Souza Cruz, no entanto, garante que uma reunião para tentar convencer o deputado está marcada para a próxima semana, o que reforça a expectativa pela abertura da CPI.

Quem também deve ser sondada pela oposição é o PROS, legenda das deputadas Rosângela Reis e Liza Prado. Embora pertençam a um dos blocos de sustentação ao governo do Estado, o partido já garantiu que vai apoiar o petista Fernando Pimentel nas eleições deste ano. Ambas as deputadas, Liza Prado e Rosângela Reis, e Leonídio Bouças viajaram para o interior do Estado nessa quinta e não foram encontrados pela reportagem.

Se depender exclusivamente do apoio dos oposicionistas, nenhuma CPI sai do papel. Com apenas 21 dos 77 deputados da Assembleia, eles precisam convencer cinco nomes de fora do bloco a aderir à comissão. No caso da CPI do Mineirão, já conseguiram quatro adesões. Os dois deputados do PCdoB, que na prática são independentes, Celinho do Sinttrocel e Mário Henrique Caixa, assinaram o requerimento. As outras duas assinaturas saíram de membros da base do governo, Fred Costa (PEN) e Marques Abreu (PTB).

Trâmite. Caso o requerimento para a abertura da CPI do Mineirão seja assinado por mais um deputado, os autores do pedido de investigação apresentam o documento à Mesa da Assembleia, que convoca os líderes de todos os partidos com representação na Casa a apresentar nomes para compor a comissão. No entanto, quando quiser, qualquer deputado pode retirar a assinatura do pedido.

Fogo amigo?

Pedido. Parlamentares comentam que o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, do PSB, partido da base pediu para que Marques (PTB) e Mário Caixa (PCdoB) assinassem o requerimento.

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