Opinião

Para analista, sigla não tem outra alternativa viável  

Redação O Tempo


Publicado em 24 de março de 2014 | 03:00
 
 
 
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Mesmo com as derrotas impostas pelo PMDB ao governo federal e as cada vez mais constantes ameaças de desembarcar da aliança, 2014 é um ano “comum” no histórico de relações do partido com seu aliado principal. Quando o parceiro político era o PSDB, nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, ou o PT, com os oito anos de Lula e os quatro de Dilma, as ameaças de racha foram frequentes, fruto de alas internas divergentes.

Nem mesmo quando o PMDB decidiu pela candidatura própria houve unanimidade, como recorda o cientista político Paulo Roberto Leal. “O PMDB retoma em 2014 a circunstância de falta de coesão interna. Mesmo em 1994, quando lançaram Orestes Quércia à Presidência, não foi todo o partido que apoiou. Uma parcela queria se aliar com o PSDB”, recorda o cientista político.

Para o professor, 2010 pode ser considerado o “ponto fora da curva” do relacionamento do partido com legendas aliadas. “Naquele ano, o PMDB concordou com a aliança com o PT. A bancada da Câmara foi alicerce para que o Michel Temer fosse levado à vice”, afirma. Para 2014, Leal acredita que o pacto deve ser mantido. “O PMDB não tem outra saída, uma alternativa viável”, crava.

O secretário geral da legenda, deputado Mauro Lopes, confirma. “Vamos continuar na mesma linha, mas não abrimos mão de construir uma candidatura própria”, afirmou Lopes. (LP)

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