O governador Romeu Zema (Novo) anunciou, ontem, que pretende economizar pelo menos R$ 2,6 milhões ao ano por meio da extinção de medalhas entregues pelo Executivo. De acordo com a medida, das 11 comendas atualmente existentes, apenas a Medalha da Inconfidência será mantida. Apesar da economia de gastos públicos, o impacto no Orçamento do Estado é de 0,011%, conforme levantamento feito por O TEMPO.
De acordo com o governo, foram gastos mais de R$ 3,3 milhões no ano passado com os eventos de entrega, incluindo as cerimônias, o custo para a confecção das medalhas e as diárias vinculadas à Secretaria de Governo (Segov). Levando em consideração os valores gastos no ano passado e excluindo a Medalha da Inconfidência, que foi de R$ 631,9 mil, o valor da economia ao ano chega aos R$ 2,6 milhões.
Caso a medida seja aprovada, a economia em quatro anos será de pelo menos R$ 10,6 milhões, cifra que representa 0,011% em comparação a uma despesa de R$ 90,7 bilhões em 2018, de acordo com o Portal da Transparência. Por outro lado, com o corte anual, seria possível custear alguns órgãos ligados à administração estadual, a exemplo do Fundo para a Infância e Adolescência.
Apesar de elogiar qualquer medida que economize dinheiro público, o deputado André Quintão (PT) destacou que o debate sobre questões estruturais para equilibrar as contas do Estado não pode ser deixado de lado.
Quintão ainda destacou que a medida reflete uma “economia irrisória” e que “essa proliferação de medalhas não interfere no dia a dia da população”. Questionado se o texto sofreria algum tipo de resistência no Legislativo, o petista disse que será necessário analisar cada caso. “Elas têm um sentido histórico, cultural. Sinceramente, acho que a Casa tem matérias mais importantes nesse cenário de crise fiscal e debate ambiental”, disse.