Bancada da diversidade

Parlamentares mineiros assinam carta para criar bancada LGBT; veja quem são

Parlamentares participaram de encontro de lideranças das Américas e defendem ampliação de participação política e combate ao preconceito

Por Hermano Chiodi
Publicado em 26 de julho de 2023 | 11:15
 
 
 
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Cinco parlamentares de Minas Gerais participaram da comitiva de políticos que lançou a Frente Parlamentar LGBT+ no  VI Encontro de Lideranças Políticas LGBTI das Américas e do Caribe, realizado no México entre os dias 20 e 22 de julho de 2023. Ao fim do evento foi lançada uma carta de compromisso assinada por 23 representantes políticos da comunidade LGBT+. 

Os mineiros que assinam a carta são: 

  • deputada federal Duda Salabert (PDT); 
  • deputada estadual Bella Gonçalves (Psol); 
  • vereadora de Belo Horizonte Iza Lourença (Psol); 
  • vereadora de Contagem, Moara Saboia (PT); 
  • vereador de Viçosa, Daniel Cabral (PCdoB). 

Nas redes sociais, os parlamentares mineiros comemoraram a iniciativa. A vereadora Iza Lourença destacou o orgulho pela iniciativa. “Veio aí a Bancada LGBT+ brasileira! Voltando hoje para o meu país, cheia de orgulho da nossa movimentação”, disse. 

A deputada Bella Gonçalves disse que a formação da bancada reafirma o compromisso com os grupos. “Seguir ocupando os espaços da política, promover uma grande articulação de políticas públicas que ajudem a superar realidades de violência, fome, ausência de moradia e uma série de direitos negados à população LGBT+”, afirmou.

Propostas

Entre as principais propostas apresentadas pela Bancada LGBT+ estão combater o sistemático ataque aos direitos LGBT+, que segundo os parlamentares têm ocorrido por meio de projetos “copia e cola” nas casas legislativas do país. Além de construir uma agenda articulada e propositiva por reconhecimento de direitos LGBT+ e por dotação orçamentária para políticas públicas.

A carta assinada pelo grupo, que traz 18 tópicos principais, apresenta a necessidade de ampliar e apoiar o aumento da representação LGBT+ nos parlamentos brasileiros e o reforço de ações afirmativas voltadas para este público.

Os parlamentares ainda reforçaram a necessidade de combater a violência contra os grupos LGBT+, inclusive a violência política. Na carta, os signatários afirmam que A violência política LGBTfóbica não é um fenômeno de casos isolados ou de ataques individuais. É uma violência praticada de forma sistemática contra uma coletividade e precisa ser reconhecida e combatida enquanto tal. “A violência política LGBTfóbica não tem como agentes apenas a extrema-direita, está presente também nos partidos de esquerda”, indicam. 

Segundo o grupo, um levantamento de denúncias realizado pelo VoteLGBT e entregue à Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos identificou nas eleições de 2022, 62 casos relatados pelas próprias candidaturas LGBT+ em Cidade do México, suas redes sociais. “O padrão identificado foi de ataques LGBTfóbicos, racistas, misóginos e de intolerância política praticados por políticos de partidos de direita. Enquanto que as denúncias de subfinanciamento e invisibilidade recaíram sobre os partidos de esquerda”, afirmam.

Encontro no Brasil

O grupo ainda apontou compromisso de apoiar a realização do do próximo Encontro de Lideranças Políticas LGBTI das Américas e do Caribe, no Brasil, em 2025. “Com pautas relevantes para o contexto brasileiro e regional (ex. política ambiental e climática), com espaços de articulação direta entre mandatárias LGBT+ e entre movimentos sociais dos diferentes países, e reconhecendo que a nossa luta por direitos não é neutra politicamente”, conclui.

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