Convenção

Partido Novo decide usar dinheiro público do fundo partidário

Proposta enfrentava resistência justamente pelo fato de que o não uso do fundo partidário sempre foi explorado pelo Novo e por seus candidatos como marco da diferenciação entre esta e outras legendas

Por Renato Alves
Publicado em 01 de março de 2023 | 07:55
 
 
 

O Partido Novo decidiu, em convenção realizada na noite desta terça-feira (28), que passará a usar o fundo partidário e a remunerar dirigentes, como fazem outras agremiações. 

Além do presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, que decidiu levar as propostas à discussão, também participaram do encontro integrantes do diretório nacional e os presidentes e vice-presidentes dos diretórios estaduais e do diretório distrital.

Os integrantes do partido alegaram que as medidas são fundamentais para a “democracia interna, a competitividade e a expansão da sigla no atual contexto da política brasileira”. 

O presidente do Novo afirmou ao fim da deliberação que “o partido vive um novo momento e se disse satisfeito com o resultado das discussões, além da serenidade com que a reunião foi realizada”. 

“Com 85% dos votos favoráveis em questões até pouco tempo sensíveis, como o uso dos rendimentos do Fundo Partidário, ficou bastante claro que o partido amadureceu para um novo momento, e terá, de agora em diante, muito mais capilaridade e competitividade frente aos nossos concorrentes”, disse Ribeiro.

A proposta enfrentava resistência justamente pelo fato de que o não uso do fundo partidário sempre foi explorado pelo Novo e por seus candidatos como um marco da diferenciação entre esta e outras legendas. O ex-presidente e fundador do partido, João Amoêdo, é um dos principais críticos.

“A falta de vergonha não tem limites. A narrativa: ‘precisamos profissionalizar a gestão e usaremos só os juros do Fundo Partidário’. A verdade: ‘destruíram o partido, acabaram com o caixa das filiações e querem usar o dinheiro público para se remunerar’”, afirmou.

Outras importantes lideranças da legenda, como o deputado federal Marcel van Hattem (RS) e o ex-deputado Vinícius Poit (SP) também criticaram a ideia e prometeram não usar o fundo caso a proposta, já rejeitada amplamente em enquete da legenda, fosse levada adiante.

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