Eleições 2022

Paulo Brant critica condução de programas sociais na gestão Zema: “Relegados"

O vice-governador também criticou classificou as exonerações do seu gabinete feitas por Zema de retaliação e afirma que Minas perdeu ‘protagonismo nacional'

Por Leíse Costa
Publicado em 15 de agosto de 2022 | 17:11
 
 
 
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O candidato a vice-governador pelo PSDB, Paulo Brant, criticou a condução de políticas sociais em Minas na gestão da chapa em que foi eleito com o governador Romeu Zema (Novo) em 2018. De acordo com o atual vice-governador, programas sociais como o “Fica Vivo” e o “Plug Minas” foram “relegados gradativamente”. 

“Esses programas (‘Fica Vivo’ e ‘Plug Minas’) são bem avaliados depois que têm um certo tempo para avaliar, quando dá um pouco de prazo para avaliar, e já vi várias avaliações absolutamente positivas. É uma jóia de programa (Fica Vivo) que, infelizmente, foi abandonado”, disse em  entrevista à Rádio Alternativa Favela, nesta segunda-feira (15). 

Em relação ao Plug Minas, programa criado em 2009 para formar estudantes em áreas do empreendedorismo, moda e tecnologia, Brant aponta precariedade de gestão. “Foi gradativamente sendo relegado. Está morrendo de inanição”, disse.

Brant também classificou as 23 exonerações de seu gabinete, feitas por Zema na semana passada, de “retaliação” após anúncio de que iria compor a chapa de Marcus Pestana (PSDB) ao Executivo estadual. “A vice-governadoria é um órgão do Estado, não do governador”, afirma.

O vice-governador decidiu sair do partido de Zema em março de 2020. Na ocasião, o governador vetou parte do reajuste às forças de segurança que ele mesmo havia proposto, o que desencadeou uma crise. Naquele momento, Brant criticou a falta de disposição do Partido Novo em realizar coalizões políticas para garantir a governabilidade na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e aprovar projetos do governo.

Nesta segunda-feira, Brant afirmou que encontrou dificuldades na sigla. “Era um partido liberal que defendia a ética e a responsabilidade na política. Eu tinha muitas divergências e algumas convergências. Minha expectativa era que, com o tempo, as convergências aumentassem. Mas isso não ocorreu, e o não cumprimento do compromisso assumido com a segurança pública e eu saí da legenda”, lembrou.

Brant ainda afirmou que sob a gestão de Zema, Minas perdeu a relevância nas discussões políticas do país. “A influência de Minas Gerais na discussão nacional hoje é nula. O governador do Estado não participa das discussões nacionais. Pelo tamanho e importância de Minas, [o governador] é um ator da maior relevância. Qualquer coisa que aconteça na política no Brasil tem que ter a voz de Minas. A voz de Minas está ausente. Essa coisa de ‘tenho muito que fazer na gestão’, o governador não é gerente, é  um líder político”, disparou. 

Sobre as acusações do vice-governador à gestão de Romeu Zema, a reportagem entrou em contato com o Governo de Minas, mas ainda não obteve retorno,. 

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