O pré-candidato ao governo de Minas Marcus Pestana (PSDB) rebateu as declarações dadas pelo ex-secretário Geral do governo Zema, Mateus Simões (Novo), em entrevista à rádio Super 91,7 FM, nesta sexta-feira (1°) e criticou a forma como o partido Novo conduz as tratativas para a formação da chapa à reeleição do governador Romeu Zema (Novo). Em conversa com a reportagem de O TEMPO, o tucano declarou: “o partido Novo erra em achar que Zema já ganhou”.
A declaração de Pestana foi dada após o ex-secretária Geral do governo Zema, Mateus Simões (Novo) ter dito na entrevista que o PSDB insiste em uma candidatura ‘que pontua apenas 2%.’
“Essa arrogância toda, essa empáfia, esse desleixo, esse desrespeito com os aliados parte do princípio de que o Zema já ganhou”, pontuou.
“Mas assim, para quem sabe ler pesquisa, hoje, na leitura estática, não dinâmica porque a eleição não começou ainda, mas hoje, quem sabe ler pesquisa no preço de hoje, o governador se chamaria Alexandre Kalil. Então eles fazem uma leitura equivocada e inexperiente. Hoje, associado ao Lula quem ganharia seria o Kalil“, completou.
O impasse entre o Novo e o PSDB começou quando o partido de Zema convidou o jornalista Eduardo Costa (Cidadania) para ser vice do governador na chapa pela reeleição. Acontece que o PSDB e o Cidadania estão unidos em federação, com isso, as duas legendas precisam caminhar juntas nas eleições. Ou seja, para que o nome de Eduardo Costa seja viabilizado na chapa de Zema, o PSDB precisaria abrir mão da candidatura própria de Marcus Pestana.
O pré-candidato ainda acompanha a análise feita pelo presidente do PSDB, Paulo Abi-Ackel, de que as declarações de Simões, que é um dos cotados para ocupar a vaga de vice, mostram uma estratégia dele de inviabilizar qualquer diálogo com aliados para que ele conquiste a vaga.
“Fizeram esse malabarismo amadorístico impondo o nome do Eduardo Costa que é uma coisa quase inexplicável. Eles sabem, ou deviam saber que o Cidadania está federado e é majoritários na federação, temos 70% do núcleo decisório e de repente eles querem meter um trato feito goela abaixo? É de um amadorismo, é tão ‘tosco’ do ponto de vista político”, disparou
Questionado sobre a situação atual de sua candidatura, Pestana foi enfático:’Gestos valem mais que palavras. Eu, hoje (nesta sexta-feira ,1), literalmente acabo de me mudar para Belo Horizonte para intensificar minha campanha”.
Pestana avalia que seu nome seria capaz de quebrar a polarização entre Zema e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD).
“Eu venho para quebrar essa polarização entre a falta e o excesso. De um lado (Zema), falta coragem, atitude, postura e habilidade e do outro (Kalil), sobra truculência, rispidez, ignorância e intolerância”, analisa.
‘Treino é treino, jogo é jogo’
Um pouco antes de conversar com a reportagem de O TEMPO, Marcus Pestana postou em uma rede social, uma resposta às falas de Mateus Simões. Pestana lançou mão de uma frase usada pelo jogador da seleção brasileira de 58 e 62 Didi, em que dizia que ‘treino é treino e jogo é jogo.
Pestana, em tópicos elencou equívocos na declaração de Simões. Segundo, o tucano Mateus erra em dizer que a sua candidatura tem apenas 2%, porque segundo ele, pesquisas internas realizadas pelo partido mostram o contrário, mas como não são registradas ele não pode divulgar.
Pestana também lembra o caso do próprio governador Romeu Zema, que faltando dez dias do primeiro turno de 2018, tinha apenas 3% das intenções de voto e acabou vencendo a eleição daquele ano.