PGR aponta articulação para atos e Alexandre de Moraes ordena prisões

A Procuradoria-Geral da República relatou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que havia fortes indícios sobre a continuidade da preparação para as manifestações deste 7 de setembro e pediu prisões, buscas e bloqueio de contas bancárias de supostos financiadores.

As medidas foram autorizadas pelo ministro e são cumpridas pela Polícia Federal desde a sexta-feira contra bolsonaristas que estão organizando e arrecadando fundos para a realizações dos atos. As ações são desdobramento da investigação aberta pela PGR e que mirou o cantor Sérgio Reis e o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), no final de agosto.

Nesta segunda-feira (6), a casa de Gilmar João Alba (PSL), prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), flagrado com R$ 505 mil em dinheiro no aeroporto de Congonhas (SP) em 26 de agosto, foi alvo de busca da PF. Os investigadores estiveram no prédio da prefeitura e buscam explicação para a origem dos valores apreendidos com o prefeito. Ao pedir as diligências, a PGR disse que era preciso ouvir Alba para que ele explicasse uma possível “ligação com o sindicato nacional dos caminhoneiros e com Aprosoja”.

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja também foi alvo de busca e apreensão. A suspeita de que a associação seja financiadora dos atos levou Moraes a autorizar o bloqueio de saques nas contas da entidade e dos fundos integrados por ela até amanhã. A medida, diz Moraes, teria como base a existência de uma “suposta atuação que se daria por meio de ativos alocados em pessoas jurídicas para o financiamento dos investigados”.

Márcio Giovani Niquelatti, conhecido como “professor Marcinho”, foi detido. A prisão aconteceu em Santa Catarina no domingo após ele atacar Moraes em uma live. Outro preso foi Cassio Souza, que se apresenta na redes sociais como PM e falou em morte para Moraes.