Eleições 2022

PL lança chapa de deputados para as eleições e deixa Rosângela Reis de fora

Deputada estadual filiou-se ao PL no último dia da janela partidária e enfrentou rejeição dos colegas, que não aprovaram a tentativa de reeleição de Rosângela

Por Leíse Costa
Publicado em 20 de julho de 2022 | 20:37
 
 
 
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O Partido Liberal (PL) lançou sua chapa de deputados federais e estaduais para as eleições às Casas legislativas de  Minas, durante as convenções partidárias da sigla na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quarta-feira (20). A deputada estadual Rosângela Reis foi a única pré-candidata que não teve o nome aprovado na convenção.

No total, o partido terá 84 candidatos concorrendo à Assembleia e 54 à Câmara dos Deputados. Atualmente com sete cadeiras no Legislativo Federal, o objetivo do PL é conseguir um mandato a mais nestas eleições, chegando a oito deputados. No caso da Assembleia, a reportagem apurou que a expectativa da sigla é eleger sete deputados, três a menos que os atuais dez parlamentares liberais eleitos no pleito de 2018.

Os correligionários votaram para escolher entre duas chapas, a única diferença entre as listas era a presença do nome de Rosângela, parlamentar no quarto mandato na ALMG. Com apenas seis votos a favor de sua candidatura e 35 contra, Rosângela ficou de fora da chapa estadual da sigla.

De acordo com o presidente do PL, José Santana Vasconcellos, os liberais eram contra a candidatura da deputada na esfera estadual porque os nomes para a bancada já estavam fechados antes da filiação de Rosângela, no dia 1° de abril.

A deputada era filiada ao Podemos, mas no último dia da janela partidária, ela se filiou, simultaneamente, ao MDB e ao PL de Ipatinga, no Vale do Aço. Após ser questionada pela Justiça Eleitoral, ela optou por ficar no PL.

Nesta quarta-feira (20), ela foi criticada pelos colegas de partido durante as convenções que a acusaram de ter entrado na sigla “pelos porões”. Presentes no plenário, apoiadores da deputada gritavam para pressionar o diretório estadual pela aprovação do nome de Rosângela, mas foi derrotada pelos filiados. 

“Agora, é nós buscarmos os próximos passos para outras alternativas. Nos filiamos no executivo municipal, mas isso não tem nada de ilegalidade. O estatuto prevê filiações nas executivas municipais. Então, essa questão do diálogo foi feita desde o início”, diz.

A deputada deve tentar reverter a situação recorrendo internamente no partido, mas afirmou que não descarta acatar a sugestão do partido e se candidatar a deputada federal.

 

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