O secretário da Seinfra, Fernando Marcato, afirmou, nesta segunda (25), que um possível adiamento do leilão do edital será levado ao governador Romeu Zema (Novo), que definirá ou não por mais um adiamento. Inicialmente, o leilão estava previsto para abril, mas foi adiado e marcado para 28 de julho. Por causa dessa audiência no TCE, o governo marcou o processo licitatório para 12 de agosto.
“Esse pedido (de adiamento) será avaliado, mas isso vai ser submetido ao nosso governador. Vamos também sentar com as equipes das prefeituras e do TCE para avaliarmos as alterações que podem ser feitas já no edital publicado e discutir se há como atender algumas dessas colocações, que seja 10%, 20%, 50% ou 80% delas. O edital atual já traz algumas dessas soluções que foram questionadas hoje, mas, talvez, não tenha ficado mais claro. Vamos tentar convergir e sentar com as equipes técnicas para apresentarmos a questão na próxima reunião aqui no TCE”, ponderou Marcato.
A fala de Marcato foi dita após uma audiência realizada no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), nesta segunda (25), em que, além do Estado, também estiveram presentes o prefeito de Betim, Vittorio Medioli (sem partido), e a prefeitura de Contagem, Marília Campos (PT). Os municípios pediram adiamento do edital por causa não concordarem com o traçado imposto pelo Estado, que corta áreas urbanas das duas cidades, além da área de preservação de Várzea das Flores, causando grandes impactos ambientais, sociais e urbanísticos.
Sobre os questionamentos dos municípios, de que faltam estudos sobre os impactos da obra, ele disse que eles serão apresentados pela empresa vencedora da concessão. “A reunião foi importante para que a gente possa dar tranquilidade aos municípios, de que, à medida que o licenciamento e os estudos pós-licitação forem sendo feitos, eles tenham voz, e que há a possibilidade de ajustar o traçado para reduzir eventuais impactos”
O projeto do Rodoanel é orçado pelo governo em R$ 5 bilhões, sendo R$ 3 bilhões do acordo proveniente com a Vale, e os outros R$ 2 bilhões da empresa que vencer o leilão da obra. A concessionária poderá explorar o pedágio da supervia durante 30 anos.