Candidato a vice na chapa do governador Romeu Zema (Novo), Mateus Simões (Novo) disse nesta quarta-feira (10) que a presença do governador nos próximos debates eleitorais será definida caso a caso.
Zema não foi ao primeiro debate da campanha no último domingo (7) na Band Minas. A justificativa foi que ele estava indisposto, mesmo motivo que o levou a cancelar compromissos durante a semana passada.
Candidato a vice na chapa do governador Romeu Zema (Novo), Mateus Simões (Novo) disse que a presença do governador nos próximos debates eleitorais será definida caso a caso. "Eu tô achando o debate muito pobre...O governador não gosta de agressão. Essa é uma preocupação". pic.twitter.com/1yZCg6Gr5v
— O Tempo (@otempo) August 10, 2022
“Achamos até que fosse uma segunda infecção por Covid-19, mas ainda bem que não era”, disse Mateus Simões em entrevista exclusiva ao programa Alerta Super,da rádio Super 91,7 FM. “Mas eu tenho dúvida sobre a utilidade da presença do governador nos debates, considerando o que eu vi no debate (da Band). Estou achando o debate muito pobre e esvaziado”.
“Acho que a cada oportunidade de debate que nós vamos ter essa análise será feita pelo grupo de campanha. A decisão de participar ou não é uma decisão momentânea, circunstancial, a depender do clima”, completou ele.
Segundo Mateus Simões, Zema não gosta de agressão. “Ele, sempre que possível, evita ambientes em que a gente vai ter troca de tapas. Essa é uma preocupação dele e do entorno da campanha: a gente não permitir que a campanha aqui se polarize de forma violenta ou negativa, como às vezes a gente acaba vendo, por exemplo, na polarização nacional”, afirmou o candidato a vice.
De acordo com a mais recente pesquisa DATATEMPO, Zema lidera a disputa para governador com 48,3% dos votos contra 23,2% de Alexandre Kalil (PSD). O atual governador seria reeleito no primeiro turno levando em consideração apenas os votos válidos.
Mateus Simões também falou sobre a escolha dele para ser o vice na chapa de Zema. Segundo o ex-secretário, ele foi o maior defensor do nome de Eduardo Costa (Cidadania) para o posto, mas a articulação não foi concluída porque o PSDB, que é majoritário na federação com o Cidadania, não liberou a indicação do jornalista.
“Recebi (a decisão de ser o candidato a vice) mais com o peso da responsabilidade do que com alegria. Alguém me perguntou se eu estava feliz. Respondi que estava mais aliviado do assunto ter acabado porque foram três meses muito desgastantes, especialmente porque houve muita insinuação de que eu estaria manobrando a situação para que o nome escolhido ao final fosse o meu mesmo”, afirmou Simões.
“Quem acompanhou de perto sabe que não é isso, o Eduardo sabe que não é isso, ele acompanhou de perto meu esforço para que ele fosse o nome escolhido. Estou ao lado do governador e tenho ficado muito satisfeito com as declarações que ele tem dado, de que ele tem a tranquilidade de conhecer meu trabalho e sabe do meu compromisso com o que Minas ainda tem para entregar”, concluiu.