LAVA JATO

Pressão sobre Lula para nomear Costa é mentira, diz Chinaglia

Deputado também afirmou que a bancada do partido irá procurar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que não haja divulgações de novos vídeos de depoimentos

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 09 de outubro de 2014 | 22:45
 
 
 
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Líder da bancada do PT na Câmara à época da nomeação de Paulo Roberto Costa ao cargo de diretor de distribuição da Petrobras, o deputado Arlindo Chinaglia (SP) afirmou, nesta quinta-feira (9), que trecho do depoimento do doleiro Alberto Youssef que cita o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "uma mentira".

Para provar que não houve obstrução do Congresso nos 90 dias antes de Costa assumir a direção, listou projetos de lei, propostas de emenda à Constituição, medidas provisórias e outras matérias que foram votadas no Congresso durante o período.

Chinaglia também afirmou que a bancada do partido irá "procurar" o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que não haja divulgações de novos vídeos de depoimentos.

"Me chama muita atenção que no período de eleições, apesar da determinação do STF, da Procuradoria-Geral da República, em um processo que corre em sigilo, um juiz de primeira instância chama dois depoentes, suspende o sigilo e divulga, de forma direta ou indireta, de forma seletiva, sem direito a defesa atingindo pessoas e instituições", afirmou o petista.

"Se fosse para exagerar na comparação, esse juiz pode estar se transformando, voluntária ou involuntariamente, num cabo eleitoral da oposição".

Mais cedo, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que a legenda avalia tomar medidas judiciais contra a divulgação dos depoimentos, autorizada pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pelo caso.

No dia 23, Teori e o presidente do STF, Ricardo Lewandowsky, negaram à CPI da Petrobras acesso aos depoimentos de Paulo Roberto com o argumento de que as informações só poderiam ser compartilhadas com o colegiado depois que o Ministério Público comprovasse as denúncias feitas por Costa, e os dados fossem incluídos na ação penal que correrá no Supremo. A decisão foi encaminhada a Moro.

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