Centro administrativo

Projeto é mais barato na Bahia 

Em Salvador, espaço único para prefeitura custará quase R$ 300 milhões a menos

Por Larissa Arantes
Publicado em 19 de abril de 2014 | 03:00
 
 
 
normal

O custo previsto para a construção do centro administrativo da Prefeitura de Salvador, na Bahia, nos moldes do que será feito em Belo Horizonte, é quase R$ 300 milhões menor do que o estimado para a capital mineira. A nova sede na cidade baiana, que deverá custar R$ 180 milhões para abrigar cerca de 6.000 servidores, é uma das referências citadas pela administração de Belo Horizonte para o projeto que será implementado no estacionamento da atual rodoviária, no Centro da capital, com gasto previsto de R$ 450 milhões para 10 mil funcionários.

Também viabilizado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), em Salvador, a prefeitura irá garantir R$ 36 milhões do investimento a partir de recursos próprios. A maior parte do dinheiro (R$ 144 milhões) caberá ao parceiro privado. A expectativa é que o centro esteja pronto até 2016, com 600 mil m² de área construída no centro histórico de Salvador, onde atualmente funciona a Câmara Municipal e um dos prédios da administração da cidade.

A justificativa para a proposta é a mesma da Prefeitura de Belo Horizonte: redução de gastos com aluguel e também com o transporte de funcionários, além de colocar fim à necessidade de transferir documentos de um prédio a outro. O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) foi aberto em Salvador para escritórios de todo o país.

Diálogo. O centro administrativo do governo do Maranhão, em São Luís, também é citado por Belo Horizonte como referência para a nova sede da capital mineira. As informações servirão como uma espécie de guia para arquitetos e engenheiros interessados na construção do centro administrativo da capital. Em São Luís, o projeto do centro também foi escolhido por meio de um concurso nacional. A iniciativa está em fase de elaboração do anteprojeto de engenharia.

A estimativa inicial de custo das obras é de R$ 3,8 bilhões para a construção de um prédio e revitalização de três já existentes, mas não será feita por meio de PPP como em Belo Horizonte. O governo do Maranhão irá repassar diretamente os recursos.

O escritório paulista que ganhou a competição irá cuidar da restauração de três edificações, que estão em condições bastante degradadas, e construir um prédio.

O local escolhido em São Luís enfrenta um processo de depreciação intenso, assim como a região da rodoviária, no centro de Belo Horizonte. “É importante trabalhar com intervenções pontuais, mas que têm capacidade de ajudar positivamente no entorno”, explicou o arquiteto, urbanista e membro do conselho superior do Instituto de Arquitetos do Brasil, Sérgio Myssior.

Propostas

Concorrência. Para a construção do centro administrativo em São Luís (MA) foram apresentadas, em três meses, 38 propostas de escritórios de arquitetura espalhados pelo Brasil.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!