Legislativo

Projeto que prevê Orçamento Impositivo avança na Câmara de BH

Texto está pronto para ser votado em primeiro turno pelo plenário

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 11 de junho de 2021 | 15:40
 
 
 
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A Proposta de Emenda à Lei Orgânica (Pelo) que prevê o Orçamento Impositivo em Belo Horizonte avançou na Câmara Municipal e está pronta para ser votada em primeiro turno no plenário da Casa. Nesta sexta-feira (11), a Comissão Especial que analisa a proposta aprovou a medida com a apresentação de emendas.

Por ser uma Pelo, o texto não depende do aval do Executivo. Caso seja aprovada em dois turnos pela Câmara com quórum qualificado, a proposta é promulgada pela própria Câmara Municipal.

Pelo projeto inicial apresentado, que contou com 15 assinaturas, as emendas de cada vereador ao Orçamento Anual para 2022 seriam aprovadas no limite de 0,8% da receita corrente líquida (RCL) prevista para o município e o índice aumentaria, gradativamente, até 1,2% no ano de 2025.  É previsto também que metade do percentual tenha como finalidade ações e serviços da saúde na capital.

Na comissão, entretanto, foram apresentadas duas emendas, as quais foram recomendas a aprovação junto ao texto original em plenário. A primeira sugestão torna obrigatória a execução orçamentária correspondente a 1% da RCL em vez de 1,2%. Pela proposta, restos a pagar, provenientes das programações orçamentárias, “poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, para as programações das emendas individuais, até o limite de 0,5% e não mais de 0,6% conforme estabelecia a proposta original”.

Outra proposta de mudança apresentada prevê que recursos financeiros em até 25% dos valores das emendas individuais poderão ser destinados a “pessoas jurídicas de direito privado e que tenham atuação na área de saúde e assistência social”. A legislação atual do município prevê a destinação a entidades credenciadas e que atendam a requisitos federais.

O relator da comissão especial, vereador Wilsinho da Tabu (PP), lembrou que o Orçamento Impositivo já existe em outras capitais e que a implementação dele em Belo Horizonte seria um “divisor de águas” na capital mineira.

Segundo a Câmara Municipal, se a Lei já estivesse em vigência neste ano, considerando o percentual inicial do texto, os parlamentares poderiam definir o destino de cerca de R$ 92 milhões do Orçamento municipal.

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