2014

PSDB espera ser o beneficiado por manifestações pelo Brasil

Tucanos avaliam que manifestações e queda da aprovação da presidente ajudam na disputa eleitoral

Por Guilherme Reis
Publicado em 21 de junho de 2013 | 03:00
 
 
 
normal

A queda na aprovação do governo de Dilma Rousseff (PT) em oito pontos percentuais e a onda de protestos, deixa o PSDB mais confiante para a disputa do pleito estadual, em 2014, independentemente de quem será o candidato para a sucessão de Antonio Anastasia (PSDB). Do outro lado da trincheira, os petistas mineiros rechaçam a possibilidade de prejuízo político para seu o possível candidato ao governo, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT). Para eles, o momento oferece a oportunidade de formatar uma agenda de propostas em conformidade com as demandas da sociedade.

Para o PSDB, o cenário atual não poderia vir em melhor hora. O secretário de Governo de Minas, Danilo de Castro (PSDB), garante que o partido está “mais entusiasmado”. “A desaprovação de Dilma reflete no processo eleitoral de Minas. Afinal de contas, estamos no Estado do verdadeiro opositor dela, o senador Aécio Neves (PSDB)”, destaca o secretário.

Danilo admite que toda classe política, nas esferas municipal, federal e estadual, corre risco com o volume de protestos, porém, para ele, o prejuízo maior é de Dilma. “As reivindicações são mais direcionadas ao governo federal, do qual Pimentel faz parte”. O petista é identificado como amigo da presidente.

O PT de Minas Gerais tenta “fazer do limão uma limonada”. A legenda espera utilizar a desaprovação de Dilma e as manifestações que tomam conta das ruas para encontrar a “solução” dos problemas e apresentar uma agenda que vá ao encontro dos anseios da sociedade.

O deputado federal Miguel Corrêa (PT) disse que a perda de capital político com a atual conjuntura não chegará a causar estragos na campanha eleitoral de 2014. “O que importa é que a sociedade está dando um sinal. A partir disso, será possível construir uma agenda positiva. É bom isso tudo estar acontecendo a um ano do pleito”, analisa.

O deputado federal Padre João (PT) afirma que Pimentel será beneficiado pelo trabalho que o “PT fez no país”. “Quando a campanha começar, será possível comparar como o país era e como ficou depois do PT. As mesmas propostas serão feitas para Minas. Os protestos e a pesquisa apresentam apenas uma situação de momento”, alega.

Lacerda. O PSB mineiro, apesar de pressionar o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), para que ele se torne candidato ao governo do Estado, não acredita que o nome do gestor ganhe mais espaço devido à atual conjuntura.

O secretário estadual da legenda, Mario Assad, garante que o momento é de discussão. “Tudo o que está acontecendo serve para que a gente construa propostas que vão ao encontro das necessidades de todos”, disse.

No entanto, Assad explica que Belo Horizonte serve de “cartaz” caso Lacerda opte por se lançar como candidato a governador. “Lacerda já vem suprindo na cidade as demandas que a população tem. Nos o queremos como candidato”, ressalta.
 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!