FAZENDO AS PAZES

PT de São Paulo aprova retorno de Marta Suplicy, futura vice de Boulos

Petistas descartaram realizar prévias para a escolha do nome; filiação deve ocorrer em fevereiro

Por Levy Guimarães
Publicado em 16 de janeiro de 2024 | 21:21
 
 
 
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O Diretório Municipal do PT em São Paulo aprovou, nesta terça-feira (16), o retorno da ex-prefeita Marta Suplicy ao partido, nove anos após sua desfiliação. Foram 12 votos favoráveis, um contrário, uma abstenção e duas ausências. O ato de filiação deve acontecer no início de fevereiro, em data a ser confirmada pelo partido.

Este é mais um passo para a confirmação do nome de Marta Suplicy para ser a candidata a vice-prefeita na chapa de Guilherme Boulos (PSOL), na corrida ao comando da capital paulista em 2024.

Após a reunião desta terça-feira (16), o presidente do Diretório Municipal, Laércio Ribeiro, afirmou que o partido “recebe com bom grado e dará as boas-vindas ao retorno de Marta Suplicy".

No mesmo encontro, foi decidido que a legenda não fará prévias para a confirmação do vice de Boulos. A possibilidade foi aventada após o ex-senador Eduardo Suplicy ter se colocado à disposição para disputar o posto com Marta. Além disso, a ex-prefeita irá participar de um "processo de escuta", com as bancadas municipal, estadual e federal do PT paulista.

No último sábado (13), Marta recebeu Boulos para um almoço em seu apartamento para selar o acordo. O psolista já afirmou que após a filiação da ex-prefeita, a levará para um encontro com movimentos sociais paulistanos, para “reconectar” Marta a esses grupos.

A costura da chapa foi feita principalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que na semana passada, convenceu Marta a compor a chapa encabeçada pelo PSOL. Para isso, ela teve de deixar o cargo de secretária de Relações Internacionais da cidade de São Paulo e, assim, romper com o prefeito Ricardo Nunes (MBD), candidato à reeleição que terá o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Marta Suplicy deixou o PT em 2015 após desavenças com o partido e se filiou ao MDB, onde esteve desde então. No ano seguinte, apoiou o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em um rompimento, àquela altura, definitivo com o partido.

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