Eleições 2022

‘Quero uma aliança formal com o presidente Lula’, admite Kalil

Entretanto, o pré-candidato ao governo de Minas Gerais reforça o apoio à reeleição do senador Alexandre Silveira (PSD)

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 11 de maio de 2022 | 16:28
 
 
 
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O pré-candidato ao governo de Minas Gerais Alexandre Kalil (PSD) deixou claro que quer uma aliança formal com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-prefeito de Belo Horizonte foi sabatinado, nesta quarta-feira (11), pela Folha de S. Paulo/UOL. Kalil, entretanto, pontuou que a aproximação entre ambos “depende tanto de lá, como de cá”, ou seja, tanto de PT quanto de PSD.

Quando questionado se estaria dando sinais contraditórios, Kalil afirmou que não vê problema algum em caminhar ao lado de Lula. “O que eu não quero é ir sem mão dada, sem aliança, porque isso, tecnicamente, prejudica uma campanha. Então, há um esforço muito grande da oposição, tanto do governador quanto do atual presidente da República, de tentar minar a aliança. Tenho um ótimo relacionamento com o presidente Lula, uma profunda admiração pelo presidente Lula”, garantiu o pré-candidato ao governo de Minas.

Conforme Kalil, a aliança entre PT e PSD ainda não foi sacramentada porque já há um acordo para uma chapa entre ele, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PSD), para a vice, e o senador Alexandre Silveira (PSD) para a reeleição. “Essa aliança tem que ser respeitada. Qual é o impasse? É que o PSD existe. É um partido presidido por um político de gabarito, que é o Gilberto Kassab, que é um homem sério, de palavra, que nos deixou à vontade, inclusive, para fazer essa aliança”, disse. 

Como já mostrou O TEMPO, hoje, o principal impasse para o acordo ser costurado é o nome para a vaga de candidato ao Senado. Enquanto o PT defende a pré-candidatura do deputado federal Reginaldo Lopes, o PSD bate o pé pela reeleição de Silveira. Os petistas reivindicam espaço na composição, já que a vice será do deputado estadual Agostinho Patrus (PSD). Por outro lado, os pessedistas avaliam a candidatura de Silveira, presidente estadual e secretário nacional do PSD, como natural.

Apesar de admitir que quer uma aliança formal com Lula, Kalil pontuou que apoiará a candidatura de Silveira para o Senado, que, nesta quarta, recebeu elogios até do governador Romeu Zema (Novo). “O que nós combinamos foi uma coisa muito simples: eu apoio o senador Alexandre Silveira e o Alexandre apoia o governador Kalil. Esse é o acordo que está selado”, afirmou o ex-prefeito. Porém, Kalil disse que nem ele, nem Lula podem fazer um voo solo. “A coisa não é tão simples. Não podemos desprezar nem PT nem PSD.”

O pré-candidato ao governo de Minas ainda negou que haja resistência do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em fechar a aliança. “Pelo contrário, Kassab tem se esforçado muito para que a aliança dê certo", afirmou. "O presidente Kassab tentou (lançar uma pré-candidato à presidência do PSD), mas, quando não deu certo, ele liberou. É público e notório que o PSD tem uma posição para o 2º turno, verbalizada pelo próprio Kassab, que é de apoio a Lula. Então, ele tem uma simpatia pessoal, inclusive, por Lula”, argumentou Kalil.

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