Repercussão

Reginaldo Lopes aciona Zema no STJ por declarações sobre invasões em Brasília

A peça, assinada também pelo novo líder eleito do partido, deputado Zeca Dirceu, pede esclarecimentos do governador sobre as falas, em um prazo de 48 horas

Por Franco Malheiro
Publicado em 17 de janeiro de 2023 | 16:52
 
 
 
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Líder do PT na Câmara, o deputado federal Reginaldo Lopes ingressou com ação no Superior Tribunal de Justiça, nesta terça-feira (17), contra o governador de Minas, Romeu Zema (Novo). A peça, também assinada pelo novo líder eleito do partido, deputado Zeca Dirceu, pede esclarecimentos ao governador, no prazo de 48 horas, após ele ter dito que o governo federal  fez vista grossa diante das manifestações radicais que promoveram quebra-quebra na praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, nessa segunda-feira (16), Zema disse que o governo do presidente Lula 'tenta se fazer de vítima com a situação'. Os parlamentares, na ação apresentada a qual a reportagem teve acesso, classificam a declaração como ‘no mínimo irresponsável’. 

“Trata-se de uma afirmação torpe, reprovável, caluniosa, incompatível com a dignidade e estatura de quem governa um dos maiores e mais importantes Estado da Federação, na medida em que, entre outras aleivosias, tenta responsabilizar as próprias vítimas do ataque, que teriam, por suas autoridades e comportamentos, feito “vista grossa” para permitir e viabilizar o resultado criminoso ocorrido, na dimensão por todas conhecida”, aponta a nota. 

Os parlamentares afirmam, também, que as declarações ofendem membros de outros Poderes. 

“Ao afirmar que o governo facilitou os ataques no DF para “se fazer de vítima”, o Interpelado faz reverberar criminosas e caluniosas invectivas contra diversas autoridades, inclusive contra os membros do Poder Legislativo, quando, na verdade, deveria está a todo momento repudiando tais ataques e agindo para contribuir na identificação de todos os terroristas que se voltaram contra a sociedade brasileira e suas instituições democráticas”, destacam. 

Segundo os parlamentares, o governador deve “esclarecer, sem dubiedade, de forma transparente e cristalina, as acusações formuladas, na forma quesitada, por se tratar de medida urgente, necessária para salvaguardar direitos”.

Ainda de acordo com o pedido, caso Zema não apresente esclarecimentos dentro do prazo, ele poderá responder de forma criminal.

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