A semana começou com a expectativa pela divulgação dos resultados oficiais do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, que serão anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima sexta-feira (1.3).
Um jornal econômico fez uma projeção mediana com 66 instituições financeiras e consultorias para concluir que o quarto trimestre deve ter uma ligeira alta de 0,1% ante o período anterior. Com isso, deve ser confirmada a projeção de 3% de crescimento da atividade econômica no ano passado, mostrando a rápida recuperação da economia brasileira sob o novo governo.
Os números confirmam a previsão do presidente Lula de que o PIB iria crescer acima das expectativas do mercado, que previa um avanço entre 1,2% e 1,5%. Agora, os analistas devem se adequar para as projeções de 2024, levando em conta mais a realidade do que seus desejos.
Os resultados refletem as justas ações adotadas pelo governo para fortalecer o setor produtivo, baseadas na ampliação de crédito e estímulos à inovação e às exportações, combinada com a abertura de novos mercados para produtos brasileiros no exterior. As vendas para o exterior bateram recorde histórico, chegando ao montante de US$ 344 bilhões, o que produziu um saldo positivo na balança comercial de US$ 80,5 bilhões.
Os indicadores já anunciados pelo IBGE sobre 2023 já trazem diagnósticos com vários pontos positivos, que já traduzem o resultado do PIB. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mostrou que a taxa média anual de desemprego no Brasil em 2023 foi de 7,8%, a menor desde 2014. Isso significou uma redução de 1,8 ponto percentual na comparação com 2022.
O levantamento, que trata do mercado de trabalho formal e informal, confirma a tendência de recuperação, com diminuição do número de desempregados para 8,5 milhões de pessoas em 2023, uma queda de 1,8 milhão (-17,6%) no comparativo com 2022.
Com o aumento do número de empregados, a renda média real registrou um aumento significativo em 2023, atingindo R$ 2.979,00, segundo a mesma pesquisa do IBGE referente ao último trimestre do ano passado. Esse valor é 7,2% maior que o registrado em 2022 (R$ 2.780,00), o que representa a variação anual mais expressiva da série histórica, iniciada em 2012.
O crescimento tanto na população ocupada, quanto na empregada com carteira assinada, impacta positivamente na renda total do trabalho, já que os trabalhadores formalizados tendem a ter salários mais altos do que os informais.
O ambiente macroeconômico traz uma expectativa muito positiva para 2024, que reflete em um aumento de 1,8 ponto no Índice de Confiança da Indústria (ICI), que chegou a 97,4 pontos em janeiro. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) avançou 1,2 ponto, chegando a 90,5. O clima de otimismo não se restringe ao empresariado nacional. Reflete também nas perspectivas de investimentos estrangeiros no Brasil. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destacou que o Brasil subiu três posições no ranking dos países que mais atraem Investimento Estrangeiro Direto (IED), passando a ocupar o segundo lugar na lista, atrás apenas dos Estados Unidos.
Como 2023 foi um difícil ano de reconstrução do país e o período em que o governo, o Congresso e a sociedade se dedicaram a aprovar a reforma tributária, a mais importante mudança estrutural desde a redemocratização, daqui para frente só temos a crescer. Os investimentos no setor produtivo devem ser intensificados.
Fundamental continuar com a política de valorização do salário mínimo, da renegociação de dívidas e aumento da isenção do Imposto de Renda. São ações que vão ajudar o Brasil a crescer ainda mais em 2024, para confirmar as potencialidades de uma economia pujante de um povo trabalhador.