CMBH

Relembre a trajetória de Gabriel Azevedo, novo presidente da Câmara de BH

Um dos fundadores da “Turma do Chapéu, Gabriel foi subsecretário de Anastasia, aliado de Lacerda e algoz de Kalil depois de ter coordenado campanha à PBH

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 12 de dezembro de 2022 | 18:14
 
 
 
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Embora esteja à frente apenas do segundo mandato, o vereador Gabriel Azevedo (sem partido), recém-eleito para a presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), tem uma trajetória político-partidária iniciada ainda aos 19 anos. À época, filiou-se ao PSDB, onde ganhou notoriedade à frente da “Turma do Chapéu”, mas chega à Mesa Diretora sem nenhum vínculo com o partido onde passou oito anos.

Subsecretário de Estado de Juventude durante o governo Antonio Anastasia, Gabriel deixou o PSDB ainda em 2013 por divergências com os rumos do partido após o então senador Aécio Neves assumir a Executiva nacional. Desde então, filia-se a partidos apenas por força da legislação eleitoral. Candidatou-se a vereador em 2016 pelo extinto PHS - hoje, Podemos -, e, em 2020, pelo Patriota.

Quando tentou uma cadeira na Câmara pela primeira vez, coordenou paralelamente a campanha do então candidato Alexandre Kalil, de quem já havia sido assessor no Atlético entre 2009 e 2014, à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Gabriel, inclusive, já havia trabalhado na campanha que reelegeu Marcio Lacerda (PSB) em 2012. 

Apesar da relação de longa data, Gabriel e Kalil romperam ainda no primeiro mandato de ambos, o que abriu caminho para o vereador assumir o papel de algoz do prefeito já durante o segundo mandato. Foi assim, por exemplo, que Gabriel presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da BHTrans, uma das principais derrotas ao capital político de Kalil às vésperas de se candidatar ao governo de Minas.

Líder do Bloco Democracia e Independência, Gabriel, agora, sucede a vereadora e deputada federal eleita Nely Aquino (Podemos) na presidência da Casa após costurar uma articulação com a oposição ao prefeito Fuad Noman (PSD) logo depois de ter frustradas as conversas para sair como candidato da situação.

A trajetória de Gabriel Azevedo

2005. Aos 19 anos, filia-se ao PSDB, onde inicia a trajetória político-partidária.

2009. Assume a função de assessor do então presidente do Atlético, Alexandre Kalil, posto que ocupa até 2014, quando Kalil passa o bastão para Sérgio Sette Câmara. 

2010. Ao lado de Felipe Autran e Vitor Colares, Gabriel, então presidente da Juventude do PSDB de Belo Horizonte, funda a “Turma do Chapéu”. Gabriel ainda integra as campanhas de Aécio ao Senado e de Anastasia ao governo de Minas.

2011. Assume a Subsecretaria de Estado de Juventude durante governo Anastasia, onde permanece até 2014, quando o então governador abre mão de tentar renovar o mandato para se candidatar ao Senado.

2012. À frente da “Turma do Chapéu”, trabalha na campanha do então prefeito Marcio Lacerda (PSB) à reeleição. 

2013. Ainda subsecretário de Anastasia, deixa o PSDB quando Aécio assume a presidência nacional do partido ao ficar insatisfeito com os rumos da legenda.    

2016. Já filiado ao extinto PHS, candidata-se a vereador de Belo Horizonte e coordena a campanha de Kalil, à época também do PHS, à Prefeitura. Apesar da vitória de ambos, rompem ainda naquele ano. 

2017. Assume o primeiro mandato na CMBH após ser eleito com 10.185 votos. 

2020. Quarto mais votado, é reeleito vereador com 13.088 votos quando já era filiado ao Patriota, partido do qual viria a ser expulso por criticar o presidente Jair Bolsonaro, à época sem partido. 

2021. No início da nova legislatura, assume a presidência da Comissão de Legislação e Justiça, a mais importante da Casa. Depois, preside a CPI da BHTrans para investigar repasses feitos por Kalil às concessionárias de transporte coletivo urbano durante a pandemia de Covid-19.

2022. Já de olho nas eleições municipais de 2024, viabiliza a candidatura à presidência da Câmara Municipal para o biênio 2023-2024 após costurar acordo com o grupo de oposição ao prefeito Fuad Noman (PSD).

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