OPERAÇÃO LAVA JATO

Renato Duque não tem o que delatar, diz defesa de ex-diretor

Advogado Renato de Moraes, que representa Duque, havia sido questionado por jornalistas sobre a possibilidade de seu cliente fazer um acordo de delação premiada

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 17 de novembro de 2014 | 22:06
 
 
 
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A defesa de Renato Duque, um dos 23 detidos na sétima fase da Operação Lava Jato, afirmou nesta segunda-feira (17) que o ex-diretor da Petrobras não tem "quem delatar nem o que delatar".

O advogado Renato de Moraes, que representa Duque, havia sido questionado por jornalistas sobre a possibilidade de seu cliente fazer um acordo de delação premiada.

A defesa disse ainda que as acusações contra seu cliente são baseadas apenas em "disse me disse" e que "não há nada que possa ir contra ele". Segundo Moraes, não há nenhuma acusação formal contra o ex-diretor de Serviços da Petrobras, que depôs durante quatro horas e meia na superintendência da Polícia Federal em Curitiba nesta tarde.

Moraes afirmou que os delegados leram "falas e fragmentos de falas" de depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e questionaram Duque sobre as denúncias, feitas em regime de delação premiada. "O Duque disse que não há nada que possa ir contra ele", afirmou.

"O que existe são fragmentos de delação premiada. Não conhecemos o conteúdo dessas delações. Não tem acusação. O que teria é um depoimento judicial do Paulo Roberto Costa. Ele teria dito que o proceder dele na secretaria de Abastecimento era o mesmo na secretaria de Serviços. Ele [Duque] nega, diz que isso nunca aconteceu. Não sei em que condições ele [Costa] prestou esse depoimento. É um disse me disse, um ouviu dizer, e isso não tem valor legal."

Segundo ele, Duque se colocou à disposição da PF para prestar outros depoimentos, "desde que em liberdade". O advogado também ressaltou que Renato Duque não foi indicado ao cargo de diretor de Serviços pelo PT e afirmou que ele trabalhou mais de 20 anos na empresa.

A expectativa da defesa é que Duque seja liberado no máximo até quarta-feira (19), quando expira a prisão temporária de cinco dias. "Foi uma prisão para averiguações", disse.

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